7 cuidados antes de abrir uma franquia

O processo de negociação de uma unidade deve ser feito com calma e atenção. Saiba como escolher a franquia certa e ter mais chances de sucesso

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Por Revistapegn


As franquias, por venderem negócios com marcas e processos já estabelecidos, são uma opção menos arriscada para empreendedores. Em contrapartida, custam mais do que uma empresa criada “do zero”.

Antes de tudo, o empreendedor deve estar seguro que tem perfil para o sistema de franquias. Depois disso, é preciso encontrar o negócio ideal e fazer um planejamento detalhado antes de assinar contrato.

Para Altino Cristofoletti, vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a negociação da abertura de uma operação deve ser feita com calma. Conheça as etapas deste processo:

1. Escolha uma franquia confiável
A escolha do negócio é crucial para o sucesso dos empreendedores. É preciso saber se a franquia é confiável. Um bom critério para a escolha é ver se a rede é filiada à ABF – só empresas que obedecem critérios de qualidade específicos podem fazer parte da associação.

A busca pela informação em guias especializados, como o de Pequenas Empresas & Grandes Negócios, é outra maneira de aferir a confiabilidade da franquia, segundo Cristofoletti.

2. Afinidade é importante
Outra dica útil é fazer um filtro dos segmentos que mais têm a ver com a experiência, as preferências e os valores do empreendedor. “Não é bom escolher uma rede porque ela está na moda. O franqueado em potencial deve escolher um setor com que tenha afinidade”, diz Cristofoletti.

O especialista ressalta ainda que o empreendedor deve pensar nos pontos negativos em atuar em cada setor. Ele lembra, por exemplo, que os donos de bares e restaurantes não terão tempo livre à noite e aos fins de semana, o que pode desanimar algumas pessoas.

3. Seja um consumidor
Cristofoletti também recomenda que os empreendedores tentem, caso não conheçam a rede, usar os produtos ou serviços oferecidos por ela. Se você não gostar do que viu, é melhor pensar em outra opção de negócio.

4. Não “reinvente a roda”
De acordo com o vice-presidente da ABF, os franqueados em potencial não podem alimentar o desejo de trabalhar de forma diferente da franqueadora.

Cristofoletti afirma que os processos que são entregues ao franqueado foram aperfeiçoados por anos. “Não se deve ‘reinventar a roda’. É preciso seguir as premissas da franqueadora, pelo menos no curto prazo.”

5. Converse com sua família
É praxe no franchising que as redes informem o investimento inicial para abrir uma unidade e o valor de capital de giro, o dinheiro que será usado enquanto a operação não for lucrativa.

Mas há um valor que é igualmente importante para o empreendedor: o capital de giro da sua família, que corresponde a todas as despesas de casa. “Reúna o cônjuge e filhos e coloque no papel tudo que é gasto em casa. E veja o que é possível cortar sem comprometer o estilo de vida da família.”

Cristofoletti recomenda que, além do investimento inicial e o capital de giro da unidade, o empreendedor tenha uma reserva equivalente ao período de seis meses a um ano dos gastos de casa. “É melhor ser conservador. Se sobrar dinheiro, ótimo”, afirma.

6. Olho na COF
Ao eleger a rede ideal, o franqueado receberá a Circular de Oferta da Franquia (COF). Este é um documento desenvolvido pelo franqueador e que apresenta as condições gerais do negócio.

A COF deve ter todas as informações exigidas pela Lei das Franquias, como direitos e deveres da rede e dos franqueados, histórico da franquia, balanços financeiros, valores de investimentos e royalties, entre outros. Segundo Cristofoletti, o documento deve ser lido com calma. Não pode haver dúvidas. “Tire todas as dúvidas que tiver com a franqueadora.”

O documento, aliás, deve ter os contatos dos atuais franqueados da empresa e também as informações de pessoas que desfizeram a parceria nos últimos 12 meses.

7. Fale com os franqueados
São os atuais e antigos parceiros da rede quem te darão as informações mais fiéis sobre a franquia. Escolha aleatoriamente três ou quatro empreendedores – não aceite recomendações da franqueadora – e entre em contato com eles.

Pergunte quais são os pontos positivos e negativos da franquia e se, no geral, é um bom negócio escolher a rede em questão.

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