Alerta na hora de comprar um carro: fique atento à “falsa sustentabilidade” das marcas

Nem sempre os produtos oferecidos nas prateleiras do supermercado ou nos anúncios publicitários de motos e carros são o que dizem ser. Conhecido como Greenwashing, algumas marcas usam frases ecológicas para vender produtos que não necessariamente preservam o meio ambiente.

Pensando em esclarecer esses fatos ao consumidor, a PROTESTE, associação de consumidores, analisou a publicidade das marcas para verificar a veracidade do discurso em prol do meio ambiente.

Nos últimos cinco anos foram analisados produtos de supermercados, papelarias e até do setor automotivo, e os fabricantes que cometeram Greenwashing foram denunciados pelo Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar).

O Conar, atendeu às denúncias da PROTESTE referentes a publicidade de motos e carros.

  • A Fiat, por exemplo, mudou o anúncio do seu “pneu super verde” usado no UNO 2017, mesmo fabricado pela Pirelli.
  • Já a Chevrolet, que chamou o pacote de avanços mecânicos nos modelos Onix, Cobalt e Montana de “eco”, foi obrigada a retirar as referências à melhoria de emissões do sistema.
  • A Ford também precisou alterar o apelo à sustentabilidade do sistema do motor Ecoboost. A tecnologia prometia economia de combustível e baixa emissão de CO2, com alta performance. A montadora foi denunciada pelo anúncio do “FORD ECOBOOST”, que informava que o veículo, além de ter baixa emissão de CO2, possuía máximo equilíbrio entre potência e economia. Tal informação não condizia com a realidade, uma vez que o automóvel Fusion apresentava classificação D na geral, de acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem que mede a eficiência energética ou consumo de modelos semelhantes, assim os consumidores podem compará-los de “A” (mais eficiente) até “E” (menos eficiente). Diante disso, o Conar, determinou que a Ford parasse de utilizar termos como “máximo” e “baixa”, tratando de economia e emissão de poluente – uma vez que as características não foram comprovadas.

O consumidor deve ficar atento a essas e outras armadilhas que as marcas utilizam para oferecerem seus produtos. Ao encontrar anomalias a orientação é que o consumidor esclareça dúvidas com um órgão de defesa do consumidor, tal como a PROTESTE.

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