Como o consumidor pode se defender do esquema de pirâmide financeira?

Pirâmides financeiras já são figuras conhecidas no mercado brasileiro, mas nem por isso deixam de fazer milhares de vítimas anualmente.

Foto via Getty Images

Casos famosos como Telexfree, Boi Gordo e Avestruz Master servem como alerta para a população, porém pessoas mal intencionadas encontraram mais uma forma de aplicar golpes, os bitcoins. A alta da moeda e sua popularização foi o momento perfeito para a proliferação de golpes envolvendo o nome dos bitcoins. Embora os bitcoins não sejam um esquema de ponzi, é de extrema importância que os usuários saibam como reconhecer as pirâmides financeiras envolvendo a criptomoeda.

Como funciona um esquema de pirâmide

O esquema desenvolvido pelo americano Charles Ponzi funciona de maneira similar às empresas de marketing multinível. Onde os investidores iniciais podem conseguir maiores comissões ao convidar novos participantes, que assim em diante podem convidar outras pessoas. O modelo de negócio de marketing multinível é extremamente popular, além de legalizado. Para as pessoas comuns, não existe uma grande diferença entre uma pirâmide financeira e uma empresa de marketing multinível. Então a melhor forma de se defender das pirâmides financeiras é através da informação.

Características de uma Pirâmide

As pirâmides financeiras, ao contrário do esquema de ponzi, não possuem uma administração centralizada, essa é uma característica que faz esse modelo de negócio ruir rapidamente. As interações entre as pessoas envolvidas no esquema de pirâmide se limitam apenas à pessoas em cargo diretamente superior ou inferior, não existindo qualquer contato com uma organização central. Uma forma fácil de identificar uma empresa que opera como esquema de pirâmide é analisando o comportamento de seus participantes. Geralmente os ganhos financeiros dos vendedores ou participantes são muito mais divulgados do que o próprio produto ou serviço prestado pela empresa.

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Nos Estados Unidos existe a famosa regra dos 70% que explica que para uma empresa de marketing multinível ser legítima pelo menos 70% do retorno financeiro deve ser sobre a venda do produto. Caso a maior parte do valor venha do ingresso de novos participantes, o usuário deve ficar atento a legitimidade do negócio. Geralmente, pirâmides financeiras aplicam uma grande quantidade da verba em marketing, e a menor parte no produto anunciado. Outra prática que diferencia as empresas de marketing multinível de pirâmides financeiras é a prática da recompra de estoques para evitar acúmulo, algo que não é feito nos esquemas de pirâmide.

Walter Salmeri, CBDO (Chief Business Development Officer) da BitInka, uma das maiores exchangers de Bitcoins da América Latina concedeu uma breve entrevista sobre o tema explicando de forma clara sobre o risco desses golpes e sobre formas para o usuário se defender das pirâmides financeiras.

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Bitcoins são um esquema de pirâmide?

De forma alguma. Bitcoins são apenas escolhidos como uma forma de pagamento de diversos esquemas de pirâmides atuais devido a sua valorização. O funcionamento do bitcoin é como qualquer uma das criptomoedas que funciona de forma similar a qualquer outra moeda tradicional, como real ou dólar. Além de funcionar como as moedas tradicionais, o bitcoin tem vantagens em relação as moedas físicas, como a facilidade para transferências, legalidade e segurança.

Antes de pensar que os bitcoins são criados apenas para golpes, as pessoas precisam compreender que esquemas de ponzi e outros golpes financeiros existem desde a 1920, sempre usando as moedas tradicionais para atingir seus objetivos. Considerar os bitcoins como um responsável pelo esquema de pirâmide é a mesma coisa que considerar as moedas tradicionais como um culpadas pelos golpes financeiros.

Entretanto os usuários devem ficar atentos as moedas alternativas, conhecidas por altcoins. Embora existam mais de 700 alternativas reais, muitas pessoas que comercializam moedas falsas dizendo ser um ótimo investimento. Caso o usuário deseje operar com altcoins é recomendado que ele confira o site Coin Market Cap, que lista todas as moedas verificadas, seu valor no mercado e seu histórico.

Como o usuário pode se defender das pirâmides financeiras?

Inicialmente o usuário pode investigar o possível golpe e encontrar informações válidas em seu website. Por exemplo na página inicial da BitInka, na parte inferior da página no canto direito você encontra o logo da BitGo, os certificados PCI 3.1 e daTrustWave.

Outra forma interessante para o usuário confirmar a veracidade de um negócio é questionar o possível golpista sobre o produto vendido pela empresa. Se ele não der uma resposta concreta como “cadeiras” ou ter uma descrição detalhada do funcionamento de um software ou serviço, certamente é um golpe. Podemos usar a BitInka como exemplo, que tem como serviço uma plataforma de compra e venda de bitcoins em diversas moedas nacionais.

O usuário nunca deve acreditar em alguém que diz que pode multiplicar seu dinheiro por duas, três ou quatro vezes, seja em bitcoins ou em moedas tradicionais. Esses resultados são impossíveis até em longo prazo e a empresa ou pessoa que está oferecendo esse serviço é uma armadilha para os participantes.

A melhor forma que um novo usuário pode se iniciar na operação com bitcoins é através de empresas seguras e verificadas. Para isso ele deve principalmente se informar sobre o tema, tanto por pesquisas quanto em comunidades sobre bitcoins. Conhecendo empresas reais e verificadas como a BitInka, que já tem parceria com os maiores bancos Brasileiros e está presente em mais de 9 países.

Outra forma de negociar bitcoins seguramente e se defender das pirâmides financeiras é ficar atento às pessoas que fazem propostas de negócio. Os “faraós”, apelido dado aos que tentam vender os esquemas de pirâmide, tendem a conversar apenas por mensagens privadas, evitando que o esquema seja desmascarado mais rapidamente. Por fim, antes de concluir uma negociação o usuário sempre deve perguntar publicamente sobre o negócio. Assim recebendo comentários positivos ou negativos sobre o negociante, ajudando na conclusão do negócio,  afinal como diz o velho dito popular “quem não deve, não teme.”

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