Storytelling: marcas guerreando pelo amor do consumidor

Por Thiago Coelho

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No último final de semana tivemos o primeiro turno das eleições municipais. Para alguns municípios ainda haverá segundo turno e, mais uma vez, muitos irão às ruas fazer algo proibido por lei, a boca de urna. Apesar de ilegal, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo informou que foram presos 265 eleitores em todo o estado.

A prática não chega a representar mais uma coerção da intenção de voto dos eleitores, mas a proibição existe em grande parte para evitar conflitos entres defensores de partidos opostos. Isso me fez refletir em cima dessa polarização da população.

Assim como times de futebol, as pessoas às vezes são “apaixonadas” por um determinado partido ou candidato.

É a eterna discussão entre qual é melhor, Nescau ou Toddy. É o mesmo caso da “Guerra dos Milkshake” entre McDonald’s e Bob’s. Ambos os casos tomaram as redes sociais nas últimas semanas, envolvendo até marcas que não fazem parte do mercado de fast food.

Mas porque as pessoas se ligam tanto a um candidato ou a uma marca? Como eles conquistaram o amor do consumidor? No caso de partidos e candidatos isso se reflete muito no modo como ele conta sua história, buscando se aproximar da vida cotidiana dos seus eleitores.

O mesmo é o caso das marcas. Elas buscam se alinhar às histórias de seus consumidores. Elas criam meios de conversar com o emocional, se conectando de maneira irracional, mesmo que de forma sutil.

Quando o consumidor para pra pensar, ele já assumiu um lado.

É por isso que as técnicas de storytelling são tão populares e eficientes hoje em dia. Ela é apenas uma das ferramentas do que chamamos de comunicação criativa. O modo como uma marca fala com seu consumidor é o que garante sua lealdade, e o que o leva a ficar em seu lado na briga contra os concorrentes.

O modo como a marca se utiliza principalmente das redes sociais para interagir com seus consumidores e concorrentes tem mostrado uma nova faceta de como usar a comunicação criativa para atingir mais e mais pessoas.

Foi o caso da polarização do público em “times”, antes do lançamento do filme Capitão América: Guerra Civil, no começo do ano. Está sendo o caso do Bob’s e do McDonald’s nesse momento.

As marcas estimulam seus consumidores a tomarem um lado, usam de piadas e jogadas divertidas, interação e promoção para ganharem o emocional do cliente.

As redes sociais são o principal campo de batalha, e isso se reflete nas vendas.

Quantas pessoas não foram ao Bob’s, mesmo sem gostar muito do restaurante, apenas para apoiar a causa e tomar “o verdadeiro milkshake”? Quantos não foram ao McDonald’s estimulados pela novidade? Até vídeo no Porta dos Fundos saiu.

O caso é que a chave para o coração do cliente é o emocional. O riso causado pelas peças publicitárias, as grandes “tiradas” na web, que garantem a supremacia da “ultima palavra” acertam o sentimento natural de todo ser humano de se aliar, de se unir contra uma causa contrária a seus princípios.

Somos uma raça que guerreou muito. Isso ainda é refletido no comportamento social, mesmo em uma sociedade mais “pacífica”. A comunicação criativa é a ferramenta dos publicitários, profissionais de redes sociais e comunicadores para assumir uma nova posição na lida com o cliente.

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