Mobile: a revolução tecnológica que está mudando o modo de consumir

A era dos smartphones chegou e trouxe com ela muitas oportunidades, mas também grandes desafios. Entenda um pouco mais sobre esse universo do mobile.
Foto: Henry Marsh

Foto: Henry Marsh

Eu gosto de observações empíricas, aquelas que a gente acumula com o tempo a partir do meio em que vivemos. Observando. Em casa, com meus filhos, percebo o desuso da TV e o super uso do celular. Para tudo. Percebo que a TV de hoje é o Youtube, e a TV a cabo é a Netflix. Os canais de entretenimento são aplicações para celular. Esse conjunto de percepções empíricas não é diferente na sua casa, empresa ou faculdade.

Agora, quando o empírico encontra o científico é porque a coisa está impregnada. Dados oficiais do Facebook, New York Times, Youtube, Google consolidam a percepção acima: acessamos e conectamos pelo smartphone, o computador de bolso. Por que o de mesa — desktop, assim como o aparelho de TV, está em desuso. Instagram, Uber, só no celular. No Brasil, Nubank, Banco Original, iFood, só no celular. Cientificamente, ou empiricamente, é assim.

Então se é assim, por que sua empresa/startup e/ou produto/serviço não é assim?

Corta pra 1999, no início da corrida do ouro em mobile.

Lembro do primeiro produto que lancei no segmento móvel: o Trip Mobile. Editorias para SMS (twitter que o diga) da Revista Trip, dicas curtas do que fazer no fim de semana, leituras, lançamentos musicais, eventos imperdíveis. Tudo sob o olhar da Trip. Foi a porta de entrada da Aorta, empresa que cofundei, no mundo móvel.

Passamos pelos top hits da Palm, Blackberry e Nokia, início da colonização do conteúdo móvel. Em paralelo, o caixa eletrônico nos educou a utilizar uma tela como interface de navegação. Os smartphones chegaram e o ambiente já estava preparado para uma explosão de aplicativos. O cenário era o famoso ‘produto certo, na hora certa’ que todo fundador de startup sonha em encontrar.

E, ali por 2008, apenas oito anos depois da primeira onda de conteúdo móvel com o SMS, a corrida do ouro era fincar um aplicativo na tela dos smartphones, recém-chegados no mercado. Lembro de ter desenvolvido aplicativo de A a Z, para fabricantes de pneus passando por hospitais e clínicas veterinárias. De rádios FM a webradios, passando por canais de TV e revistas. Marcas de roupas, bebidas e celulares. Não importava o segmento desde que você tivesse um aplicativo para chamar de seu.

Volta pra 2016, na consolidação do smartphone como extensão do corpo.

Como ter presença nesse mundo? Como inserir seu serviço ou marca nos bilhões de smartphones espalhados pelo planeta? Nas consultorias e workshops que faço pelo Brasil, começo com a seguinte pergunta: temos um bom produto? Note, aplicativo não melhora produto ruim. E sigo: precisamos de um aplicativo? Note, mobile site é mais importante do que um app qualquer. Em frente: o produto é de requisição instantânea? Note, por observação empírica e científica, não há uso para um app que não entrega sincronicidade em tempo real. E, por último, mas não menos importante: é útil? Note, às vezes esquecemos que utilidade é princípio básico para uso de qualquer serviço, mesmo os hiper segmentados como os que uso nas minhas expedições em alta montanha.

Essas perguntas respondem o crescimento da Nubank, ContaAzul, TokPag, Ingresse, Trip Advisor, Smiles, Red Bull TV, iFood, Duolingo, Speedtest. É a relação mais simplista desde os idos de mil novecentos e lá vai vovó: resolve meu problema que eu uso sua marca.

Loocalizei este conteúdo (escrito pelo Gustavo Ziller) na Endeavor Brasil

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