Por Claudio Grechi Lins, do Update or Die.

Foto via Unsplash

Era 25 de Março de 2017, um Sábado de frio e chuva em Lisboa, mas era também um Sábado de jogo da seleção de Portugal pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia em 2018 no estádio da Luz. O placar cravava o favoritismo do time da casa, que venceu por 3 x 0 com dois gols de Cristiano Ronaldo e um gol de André Silva.

Apesar desse cenário, uma coisa me chamou a atenção naquele jogo: o live do Instagram.

Com ele vieram três questões na minha cabeça: a transmissão dos jogos através das empresas de comunicação, como o live pode influenciar a experiência de jogo de quem assiste em casa, e por último a exposição das marcas.

Na fileira à minha frente um homem transmitia o jogo pelo seu smartphone e recebia algumas mensagens dos seus seguidores. Olhei para aquela situação e pensei: “Será essa a nova concorrência das empresas de comunicação que transmitem as partidas de futebol em Portugal, e também no mundo? ”. Na hora muita coisa passou pela minha cabeça, pensei na modernização dos estádios que hoje em dia possuem WI-FI livres que poderiam ajudar na qualidade da transmissão dos jogos, pensei na possibilidade de um dia as pessoas passarem a assistir jogos de futebol através da transmissão de seus influenciadores, e também na quantidade de pessoas que não assinam pacotes de jogos de futebol, mas mesmo assim veriam os jogos através de uma plataforma gratuita.

A questão da experiência de jogo, como disse o João Pedro Matera que estava vendo jogo comigo, poderia ser explorada através dos diferentes ângulos que seriam transmitidos, visto que poderia ter mais uma pessoa no estádio fazendo a mesma coisa. Isso então estaria trazendo uma outra experiência de jogo para o torcedor em casa, além disso o seguidor poderia se sentir dentro da torcida dependendo de qual transmissão que ele escolhesse.

Abordando o tema exposição das marcas, acredito que se essa tendência crescer elas (as marcas) deveriam tentar entender quem são as pessoas que estão vendo o jogo através daquela transmissão, será que são portugueses? Ou será que esse público vem do perfil de um estrangeiro que estava transmitindo para os seus seguidores locais e dando exposição para um público internacional de uma empresa local?

Pensando sobre um brand awareness (notoriedade da marca) internacional que isso poderia causar, arrisco dizer que seria positivo para as marcas, já que elas não estão pagando nada a mais para exibir sua empresa em um país que ela não é muito conhecida, podendo gerar relação da marca com esse novo mercado.

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