A inteligência artificial não vai tirar o trabalho dos humanos, diz IBM

A inteligência artificial deve aprimorar o trabalho de humanos e não substitui-los, pelo menos de acordo com os presidentes da IBM e Microsoft.

“Um robô não pode causar mal à humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.” diz uma das Leis de Asimov sobre a inteligência artificial

Ginni Rometty e Satya Nadella deixaram claras suas visões do papel da inteligência artificial em um painel durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, Suíça, nesta semana. Ginni também defendeu os três princípios para o desenvolvimento de tecnologias cognitivas que guiam a equipe da IBM.

Menos dramático e brusco que as três leis da robótica de Isaac Asimov, os três princípios da IBM são destinados a limitar os danos potenciais que a introdução de tecnologias de IA podem causar.

O primeiro princípio diz respeito ao propósito dessas tecnologias. Para a IBM, segundo Ginni, “não será homem ou máquina: nosso propósito é aumentar e estar em serviço do que humanos fazem”.

Próximo em sua lista está a transparência: “se alguém está usando um sistema, diga a eles que é uma inteligência artificial. Diga a eles como é treinado. Foi treinado por especialistas? Que dados foram usados para treiná-lo? Humanos precisam manter o controle desses sistemas”.

O terceiro princípio é assegurar que humanos tenham as habilidades para trabalhar com novas tecnologias cognitivas.

“Alguns empregos serão substituídos pela automação, mas a maioria de nós irá trabalhar com esses sistemas”, disse Ginni. Companhias como a IBM precisam assegurar não somente que inteligências artificiais são treinadas, mas que pessoas também sejam treinadas para elas.

“As habilidades necessárias para ter sucesso neste mundo não são todas habilidades de alto grau”, disse a executiva enquanto defendia que empresas deveriam trabalhar com escolas. “Dê a elas um currículo que seja relevante, dê a elas mentoria, e tenha certeza que eles estejam ensinando aquilo pelo qual você os contratou”.

Nadella repercutiu os propósitos da IBM: “É nossa responsabilidade aumentar a engenhosidade da inteligência humana e a oportunidade”.

Entretanto, o quão longe a responsabilidade fica nessa indústria é uma questão em aberto. “Esse é um dos desafios mais complexos”, disse Nadella. “Como você assume responsabilidade para as decisões que algoritmos tomam em um mundo onde algoritmos não são escritos por você, mas estão aprendendo?”.

Ele concordou que é preciso transparência. Caso contrário, disse o executivo, “qual caixa preta você confia? Qual é a estrutura de lei e ética que é capaz de governar a caixa preta? Quem é o responsável por isso?”

Isso é algo que a indústria de TI precisa trabalhar, disse Ginni.

“É nossa responsabilidade, como líderes que estão lançando essas tecnologias, guiá-los nesse mundo em um caminho seguro”, disse. Ela apontou a “Partnership on AI” como um exemplo de iniciativa onde a indústria está assumindo a liderança.

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