Passado e Futuro: como será 2017 para a Microsoft no mercado Mobile

Por Pedro Carvalho

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Não me canso de escrever sobre a Microsoft e o seu Surface Phone, que não sei se quer se existirá ou não.

2017 será um ano festivo para o mercado Mobile e, para complementar o episódio anterior sobre o Apple iPhone do próximo ano, falarei sobre aquele que eu gostava de ver como um concorrente direto ao mesmo.

A Microsoft entrou tarde no mercado dos smartphones. Ou melhor, já lá estava antes, em tempos muito distantes, mas, com a chegada do iPhone em 2007, a empresa de Redmond ficou um pouco baralhada com o que havia de fazer e, entretanto, já era tarde.

O Windows Phone 7 tinha poucas funcionalidades – que já existiam no iOS e Android – e o Windows Phone 8.1 já era equiparável aos demais nesse aspeto, mas faltava-lhe aplicações. Surgem mudanças a nível de hardware também e inicia-se um novo ciclo que se baseia na Microsoft a produzir os seus próprios dispositivos e no Windows 10 Mobile.

No que toca ao primeiro aspeto, a empresa de Redmond não se distanciou o suficiente da Nokia nem se manteve igual. Ou seja, aquilo de que gostavam os utilizadores Nokia Lumia, passaram a não gostar com os novos Microsoft Lumia. Por outro lado, quem já não gostava dos primeiros não ficou a amar os segundos. Criou-se aqui uma espécie de mal-estar à volta de tudo isto mas, pelo menos, havia agora o Windows 10 Mobile.

Esta versão da plataforma nem começou da melhor maneira mas, ao longo do tempo, foi evoluindo de uma forma tão significativa que, de facto, foi o melhor que podia ter acontecido neste contexto. No entanto, no que diz respeito aos números, a conversa é bem menos animadora e já pouco mais que 0,5% de Market Share é detido pela Microsoft, no mercado Mobile.

É algo arrepiante pensar que este sistema operativo é bem melhor do que aquilo que as estatísticas nos apresentam e que, infelizmente, não há nada que pareça alterar essa tendência. Porém, há uma última esperança que, embora seja bem pequena, é a última a morrer, como diz o ditado. A Microsoft poderá, em 2017, lançar um Surface Phone e, com ele, entrar de novo na corrida. Pode parecer estranho sim, entrar na corrida como se já passaram 10 anos desde e a empresa não tem qualquer expressão no mercado? Isto porque, de acordo com a nova visão da empresa, comandada por Satya Nadella, o Surface Phone não será mais um telemóvel inteligente. Será bem mais que isso.

Mas porquê acreditar nisso? Acredito porque, em primeiro lugar, de uma forma ou de outra a Microsoft tem de marcar presença no mercado Mobile. Em segundo lugar, e supondo que este Surface Phone será lançado apenas no final do próximo ano, não só haverá tempo para pensar num hardware totalmente diferente como também no amadurecimento do Windows 10 Mobile e na possível chegada de aplicações ao mesmo.

Todavia, isto é apenas uma teoria que, mesmo que se torne realidade, poderá vir a acontecer apenas em 2018 por exemplo. No entanto, há que pensar que o próximo ano terá tanto de animado como decisivo e é por isso que a Microsoft lançará o tão esperado Surface Phone.

Pedro Carvalho é produto de conteúdo no 4GNews, onde esse artigo foi publicado originalmente

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