Volkswagen atinge lucro semestral acima da média, mas escândalo dieselgate causa novo impacto

Montadora tenta recuperar sua reputação após admitir que incorporou software ilegal para desativar controles de emissão de poluentes em 11 milhões de veículos.

A Volkswagen afirmou nesta quarta-feira que cortes de custos e aumento de vendas de veículos na Europa ajudaram o grupo alemão a ter resultado trimestral acima do esperado, mas a empresa teve de fazer outra provisão de 2,2 bilhões de euros para cobrir custos relacionados ao escândalo “dieselgate”.

A maior montadora de veículos da Europa está tentando recuperar sua reputação após admitir em setembro passado que incorporou software ilegal para desativar controles de emissão de poluentes em cerca de 11 milhões de veículos a diesel vendidos no mundo.

Alguns analistas disseram que o resultado melhor que o esperado para o primeiro semestre sinaliza que a recuperação da empresa pode estar ocorrendo. As ações da empresa tinham alta de 6 por cento às 17h35 (horário de Brasília).

Mas a empresa afirmou que registrou provisão de 2,2 bilhões de euros “principalmente relacionada a riscos legais adicionais surgindo predominantemente na América do Norte”.

Três Estados dos EUA anunciaram na terça-feira processos civis afirmando que executivos da companhia encobriram evidências de que a montadora fraudou testes de emissões de poluentes durante anos. A empresa já fez provisões de 18 bilhões de dólares para cobrir os custos do escândalo de emissões.

Num informe não esperado com resultados preliminares (o oficial deve ser divulgado em 28 de julho), a Volkswagen afirmou que o lucro operacional do semestre antes de eventos não recorrentes subiu 7 por cento, a 7,5 bilhões de euros.

O analista Arndt Ellinghorst, da Evercore ISI, afirmou que o número indica que o lucro operacional da Volkswagen no segundo trimestre foi cerca de 1 bilhão de euros acima da média de previsões do mercado Incluindo eventos recorrentes, o lucro operacional recuou 22 por cento, para 5,3 bilhões de euros.

Fonte: Exame.com

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