Wearables: no futuro vestiremos nossa tecnologia?

Wearables. Do inglês, “vestíveis”. Apesar de soar um tanto estranha, a palavra é apenas uma nova maneira de determinar um conceito que, dê certa forma, já conhecemos: os dispositivos eletrônicos que agora estão cada vez mais presentes e desejados em nosso visual cotidiano.

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Que tal um exemplo antigo para ilustrar? Basta relembrar da década de 1990. Afinal, você provavelmente conheceu alguém que resolveu diversos problemas de matemática com um relógio que, além das horas, tinha uma calculadora. Eis aí um wearable, antes mesmo de sua definição contemporânea.

Hoje, esses gadgets discretos encontram espaço principalmente no universo esportivo. Eles são capazes de coletar informações sobre o corpo humano e fornecem relatórios sobre o seu desempenho diário travestidos de relógios, meias, mats de yoga e pulseiras, como a famosa Nike Fuelband. Lançado em 2012, o dispositivo foi um dos que ajudou a popularizar a ideia de “tecnologia para vestir”, registrando dados como energia e calorias gastas e contando os passos, tudo alinhado com metas previamente estabelecidas.

Outros wearables bastante conhecidos do grande público são o Google Glass e o Apple Watch. Apesar de ter feito barulho quando anunciado, há cerca de quatro anos, o primeiro não emplacou, principalmente pela falta de praticidade e aplicação no dia a dia. Já o relógio super tecnológico é o líder de vendas no segmento. Com ele é possível monitorar atividades físicas, realizar pagamentos de forma prática e não perder nenhuma notificação do seu iPhone. De acordo com informações da consultoria Strategy Analytics, em 2015 a categoria superou o número de venda dos tradicionais relógios suíços, registrando um crescimento de 316%.

Ao que tudo indica, o futuro dos wearables é promissor. Prova disso é que diversas empresas estão investindo em parcerias e desenvolvendo protótipos de gadgets vestíveis que prometem facilitar diversas áreas da nossa vida. Confira alguns que, em breve, veremos por aí:

Jaqueta inteligente

A marca de roupas Levi’s sabe bem que uma jaqueta jeans é um item básico em qualquer guarda-roupa. Desenvolvido em parceria com o Google, o modelo “Commuter” é dedicado aos ciclistas e deve chegar ao mercado no próximo ano.

O destaque fica por conta dos sensores localizados na manga esquerda da peça, permitindo que os usuários controlem seus smartphones de maneira remota, sem precisar tirá-los do bolso ou da bolsa. As empresas, que estão criando uma série de “roupas inteligentes”, asseguram que será possível dobrar, amaçar e lavar a peça normalmente.

O fim dos fios embaraçados

Poucas coisas comprometem tanto o nosso bom humor quanto lidar com fios dos fones de ouvido embolados ou enroscando em todo lugar. Pensando nisso, a marca Bragi criou o The Dash: um modelo de fones inteligentes, completamente sem fios!

Além de se conectar via Bluetooth com outros dispositivos, conta com um espaço de 4GB para armazenamento de músicas. Tem também outros pequenos detalhes como acelerômetro, infravermelho, microfone e sensores que monitoram distância, velocidade, frequência cardíaca e número de passos dados pelo usuário.

Foto: Business Insider

Foto: Business Insider

O olho que tudo registra

Os dias de luta entre turistas armados com tablets, smartphones e câmeras fotográficas dos mais diversos tamanhos pode estar com os dias contados! Isso porque existem fortes indícios de que a Samsung está trabalhando em uma linha de lentes de contato inteligentes.

Controladas simplesmente pelo piscar dos olhos, as lentes futurísticas prometem gravar e, também, exibir imagens no campo de visão do usuário. Tudo devidamente compartilhando com um smartphone, claro!

Mãos robóticas

Uma luva desenvolvida pela NASA em parceria com a General Motors e a Bioservo Technologies AB promete melhorar a eficiência dos trabalhadores e reduzir o número de incidentes nas próprias fábricas da empresa automotiva.

O objetivo do gadget é multiplicar a força exercida pelo humano, graças a sensores, juntas e tendões mecânicos que ajudam a reduzir a força aplicada e os movimentos repetitivos.

E cada vez mais esses wearables que nascem com foco no lazer estão sendo adaptados para a indústria, com foco na otimização da produção e diminuição de riscos. Parece que uma revolução está por vir!

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