Autopilot da Tesla diminuiu em 40% o número de acidentes, diz relatório

Depois de concluir a investigação sobre o acidente fatal envolvendo um motorista de um Model S Tesla enquanto usava o modo Autopilot, o Departamento de Transportes dos Estados Unidos informou que não encontrou nenhum problema de segurança em relação a tecnologia de direção semiautônoma.

Foto via Amazon CloudFront

A investigação federal conduzida pela National Highway Traffic and Safety Administration (NHTSA) também inclui dados fornecidos pela Tesla, encontrados em veículos que usam os recursos do Autopilot. Segundo o relatório, a tecnologia foi responsável por diminuir em 40% o número de colisões no trânsito.

A NHTSA informou não ter identificado nenhum defeito no design ou performance do freio automático de emergência ou sistemas Autopilot seja no sedan Model S ou na SUV Model X, ou mesmo em incidentes nos quais os sistemas não performaram como eram esperados.

Veja também: Nova geração de piloto automático da Tesla será lançado esta semana

Quando lançou o Sistema de Assistência ao Motorista Avançado (ADAS, na sigla em inglês), a companhia informou repetidamente que se tratava de uma tecnologia semiautônoma e que exigia atenção constante de seu motorista para evitar possíveis incidentes.

O design da Tesla inclui um sistema de “mãos no volante” para monitorar o engajamento do motorista na direção. Ele também foi atualizado para reforçar a atenção do motorista quanto ao recurso.

Depois de receber os dados sobre colisões da Tesla, que compara os carros que possuem o Autopilot e aqueles que não têm, os investigadores determinaram que o Autopilot conseguiu prevenir em 40% os acidentes.

Em novembro último, a Tesla ofereceu uma atualização de software através da nuvem para proprietários de veículos Tesla equipados com a tecnologia, incluindo a exigência de ter as mãos sobre o volante com maior frequência. A atualização também aumentou a confiabilidade do Autopilot através de melhorias no radar, nas câmeras e nos sensores ultrassônicos.

Na ocasião, Elon Musk, CEO da Tesla, disse que a atualização poderia ter permitido que o Model S, envolvido no acidente fatal, evitasse a colisão lateral com o caminhão baú, uma vez que provavelmente conseguiria tê-lo detectado.

Foto via Green Optimistic

O americano Joshua Brown, 40 anos, morreu na Flórida no dia 7 de maio, quando o carro que dirigia se colidiu com um caminhão baú na intersecção de uma rodovia. A Tesla disse que o sistema de sensores, contra um céu claro, falhou ao reconhecer o caminhão. Para a NHTSA, o motorista no acidente teria tido sete segundos para ver o caminhão e reagir.

O motorista do caminhão disse acreditar que Brown poderia estar assistindo um filme do Harry Potter no momento do acidente e a polícia rodoviária informou à Reuters que o carro em questão contava com um aparelho de reprodução de DVD.

À Reuters, o advogado da família de Brown declarou que a família planeja avaliar todas as informações das agências do governo que investigaram o acidente “antes de tomar qualquer decisão ou posição sobre o assunto”.

A NHTSA alertou que a conclusão da investigação em um único acidente “não constitui uma constatação […] de que não existe qualquer defeito relacionado com a segurança. A agência irá monitorar o problema e se reserva ao direito de tomar futuras ações se justificadas pelas circunstâncias”.

Loocalizei este conteúdo no IDG Now!