Lucid Motors apresenta Air, sedã elétrico luxuoso e rival do Model S
Em uma indústria competitiva como a de automóveis, com necessidades cada vez maiores de escala, só consegue espaço quem oferece algo inteiramente novo, que ninguém mais tem.
É o caso da Tesla, que apostou em elétricos e os levou a um patamar totalmente diferente de todas as outras tentativas. E é o que promete fazer agora a Lucid Motors, com seu novo sedã de luxo, o Air.
O modelo será fabricado no final de 2018 na nova fábrica da empresa no Arizona, EUA. Com baterias fornecidas pela Samsung, ele terá um pacote de 100 kWh, como o do Tesla Model S mais potente, o P100D, e um de 130 kWh, que o levará à potência de 1.013 cv. Nesta versão, o Air irá de 0 a 96 km/h em 2,5 segundos.
A autonomia fica perto de 650 km com uma recarga completa e o preço não é nada amistoso: cerca de US$ 100 mil. Se os números impressionam, lembrando bastante os de seu principal concorrente, a aposta é diferente. Enquanto o Model S mira em espaço interno e praticidade, o Lucid Air quer ser um recanto de luxo em meio ao asfalto.
Os bancos traseiros, apenas dois, são individuais, reclináveis em 55º e ajustável de diversas maneiras. Seriam quase como os de uma primeira classe em aviões, de acordo com a Lucid Motors.
Os paineis, tanto o de instrumentos quanto o do sistema de navegação e controle de ar-condicionado, central, são compostos de telas. Provavelmente sensíveis ao toque e com mais polegadas do que já vimos em qualquer outro modelo. Olhando as fotos, eles parecem pertencer a um conceito.
O sistema de som, com 29 alto-falantes, promete reprodução de altíssima fidelidade e também o máximo de silêncio possível devido a propriedades de cancelamento de ruído.
Os faróis, que consomem 50% menos energia do que os de LED atuais, usam milhares de minúsculas lentes para, segundo a empresa, imitar olhos de inseto.
O rodar seria confortável e preciso por conta de um centro de massa baixo e também por molas de ar com recuperação de energia. Mas a promessa mais pesada que a empresa faz é que o Air seria vendido apenas com plena capacidade autônoma. Algo que a Tesla vem estudando e que nem o Google se atreve a prometer para um prazo tão curto quanto dois anos. E é esse o prazo que a empresa terá para provar que não é vaporware. Gostemos ou não de seu primeiro produto, o mínimo que ela merece é mostrar a que veio.