O que a importadora da Tesla tem a dizer sobre um futuro elétrico nacional?

A Tesla é ainda uma pequena fabricante de veículos elétricos dos Estados Unidos, mas se tornou um objeto de desejo, um exemplo e uma ameaça para grandes fabricantes.

Foto: Motor Trend

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Agora os brasileiros também podem ter um dos incríveis modelos da Tesla com tração elétrica e aceleração de fazer inveja a Ferrari.

A Elektra Motors começou a importar o Model S por meio de uma parceria, já que a Tesla não tem concessionárias e controla diretamente as vendas, com lojas próprias e pela internet. A versão 70D, exposta no Salão do Automóvel de São Paulo, custa R$ 785 mil.

Segundo o CEO da empresa, Luciano di Claro, um deles já foi vendido e uma versão mais potente está a caminho do Brasil. O Model S P100D é atualmente o sedã mais esportivo da Tesla, com autonomia de mais de 600 quilômetros e aceleração de 0 a 96,5 km/h (60 mi/h) em apenas 2,5 segundos.

O desempenho coloca o carro elétrico lado a lado com o novíssimo Bugatti Chiron. Nos EUA, o P100D custa US$ 134 mil (cerca de R$ 458 mil), mas no Brasil não sairá por menos de R$ 1,2 milhão.

De acordo com Di Claro, o P100D vem por encomenda e nem irá para a recém-aberta loja da Elektra Motors na Av. Europa, em São Paulo – reduto das principais marcas de carros de luxo na cidade.

Em dezembro, a “boutique” deve contar com um Model X, o SUV da Tesla, com portas que abrem para cima. O preço estimado deve ficar entre R$ 850 mil e R$ 900 mil, segundo a gerente de vendas Monique Angeli.

Di Claro acredita que o modelo mais acessível da Tesla, o Model 3, poderá ser vendido no Brasil por menos de R$ 200 mil. Ele começará a ser produzido em 2017 e custará cerca de US$ 30 mil (R$ 102 mil) nos EUA.

No lançamento em março deste ano, Elon Musk, CEO da Tesla, afirmou que o modelo será vendido no Brasil pela própria fabricante.

Vai sozinho

Os veículos importados ao Brasil contam com a tecnologia semiautônoma de condução, que foi alvo de críticas e polêmica nos últimos meses, depois de um acidente que matou um motorista nos EUA, em maio.

Em outubro, a Tesla anunciou uma atualização do sistema, que não exige atuação do motorista para andar, baseando-se nas informações de câmeras, radares e sensores ultrasônicos.

Elétrico brasileiro?

Já antecipando a possível chegada oficial da Tesla ao país, Di Claro afirma que a Elektra não é apenas uma importadora de carros. No EUA, onde não pode vender os veículos elétricos, ele atua com uma locadora e revendedora de carros “exóticos”.

No entanto, Di Claro define a Elektra como um grupo de energia sustentável, com objetivo de ampliar o uso de painéis solares e geradores eólicos no Brasil. Ele também afirma que a empresa tem a patente para um sistema de transmissão de energia por fio único, que reduziria as perdas.

Com a ampliação de tecnologias alternativas e “limpas” de produção e ditribuição de energia, o Brasil poderá ser um promissor mercado de carros elétricos, segundo o executivo, que passou por grandes bancos de investimento como UBS e Wells Fargo, antes de se tornar CEO da Elektra.

“Queremos produzir carros elétricos no Brasil. Já temos fornecedores em diversas partes do mundo, inclusive as baterias seriam as mesmas do Tesla. Também temos estudos de design. Não deve demorar muito”, afirmou.

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