Nissan adere a tecnologia de piloto automático, mas com diferencial
Sistema semelhante ao desenvolvido pela Tesla Motors vai estrear na minivan Serena.
Nesta quarta-feira (13), a Nissan lançou um sistema de pilotagem autônoma, mas limitada. Isso significa que o ProPilot – nome dado à tecnologia – permite que o carro ande sozinho até certos limites. Com os últimos acidentes ocorridos nos Estados Unidos envolvendo o Autopilot, desenvolvido pela Tesla Motors, a Nissan deixou claro, durante seu anúncio, que o novo sistema não dispensa o motorista.
O ProPilot permite que o carro ande sozinho em pistas simples, mas não é capaz de mudar de faixa. Além disso, a tecnologia faz com que o veículo se adapte ao nível de congestionamento da via, acelerando ou reduzindo a velocidade com relação ao carro que está a sua frente. Possui, também, frenagem automática.
Diferentes das outras marcas que oferecem esse tipo de recurso, a Nissan não vai se restringir aos carros de luxo. O modelo escolhido para estrear o sistema é a minivan Serena. Esta deve ser lançada no Japão em agosto e deve custar por volta de US$ 29 mil (cerca de R$ 93 mil, em conversão direta). Segundo a montadora, o sistema deve ser instalado no SUV Qashqai em breve e ser disponibilizado também na China e nos Estados Unidos.
Durante o pronunciamento na base da marca, em Yokohama, no Japão, o vice-presidente executivo da Nissan, Hideyuki Sakamoto, não quis comentar as recentes investigações envolvendo o Autopilot da Tesla. No entanto, deixou claro que a esta nova tecnologia “é apenas para dar suporte aos motoristas, e não para que o carro dirija sozinho”.
Assim como a Tesla com seu Autopilot, a Nissan recomenda que, mesmo com o ProPilot ligado, o motorista mantenha as mãos sempre ao volante. Dessa forma, está sempre pronto para reassumir o controle quando necessário. Para reforçar a ideia, o novo sistema desenvolvido pela marca japonesa mostra um alerta para o motorista caso ele fique quatro segundos sem colocar as mãos no volante. Aos 10 segundos, a tecnologia emite um alarme.
A esperança da Nissan é que, daqui a dois anos, o sistema também consiga atuar em pistas com faixas múltiplas. Para 2020, espera-se que o ProPilot seja capaz de realizar também outras funções no trânsito, como conversões em cruzamentos.
Fonte: Auto Esporte