Participação de mercado das motos flex só aumenta, e elas chegam a marca de cinco milhões vendidas
Número histórico foi alcançado sete anos depois do primeiro modelo, de 2009.
O Brasil alcançou a marca de 5 milhões de motos flex vendidas. O marco foi atingido sete anos depois do lançamento da primeira versão bicombustível, a Honda CG 150 Titan Mix, em março de 2009. Desde aquele ano, a participação desses modelos subiu de 7,5% para mais de 60% das vendas totais de motocicletas. Como comparação, o sistema flex estreou nos automóveis em 2003, tem participação atual próxima a 90% e a marca de 5 milhões foi alcançada em 2008, cinco anos depois do lançamento do primeiro VW Gol Total Flex.
Entre os motivos para essa disparidade está a menor preocupação com o consumo de combustível pelos motociclistas (não é difícil superar os 35 km/l com um modelo de 150 cc) e o maior impacto que a tecnologia tem no preço final dos modelos de baixa cilindrada. Basta dizer que ainda há motos de pequeno porte equipadas com carburador, o que inviabiliza a aplicação da tecnologia flexível.
Somente duas fabricantes produzem motos flex no Brasil. A Honda, que abriu a porteira, tem nove versões em linha. A Yamaha fabrica outras sete. São modelos com capacidade cúbica entre 125 e 300 cc e potência entre 9,2 e 25,6 cavalos. Até o momento, todas têm apenas um cilindro.
Outro ponto em comum é a ausência de sistema de partida a frio. As motos bicombustíveis apenas alertam no painel a necessidade de aumentar a proporção de gasolina no tanque para facilitar a partida em dias de baixa temperatura. Não há subtanque nem pré-aquecimento de combustível nos injetores.
Do total de motos flexíveis emplacadas desde 2009, mais de 90% são Honda. Na Yamaha a tecnologia estreou apenas em 2012, na YS Fazer 250 Blueflex. Também é da Yamaha o lançamento mais recente, a Factor 125i. O ano com maior volume de motos bicombustíveis licenciadas foi 2011, com 851,8 mil unidades e 43,9% de participação.
Fonte: AutomotiveBusiness