Ribeirão Preto foi a cidade brasileira com a gasolina mais cara em 2017

O primeiro Boletim do Setor Sucroalcooleiro do Ceper/Fundace 2018 traz uma análise da evolução dos preços dos principais combustíveis veiculares ao longo de 2017.  Com mudança pela Petrobras na forma de realizar os ajustes nos preços da gasolina e do diesel, os reajustes dos combustíveis se tornaram mais frequentes.

Preço da gasolina

Foto: Diário do Poder

No início de 2017, a Petrobras reduziu o preço da gasolina e do diesel, o que levou à queda dos preços praticados pelos postos de combustível, permitindo, ainda, o aumento das margens de revenda.  O segundo semestre, no entanto, foi marcado por seguidos aumentos do preço pela tendência de alta do preço internacional do petróleo.

Acompanhando a alta do preço do petróleo no mercado mundial, os preços dos três principais combustíveis comercializados no País também aumentaram de preço. Após atingir o patamar mais baixo do ano, em junho e julho de 2017, no final do ano a gasolina e o etanol hidratado registraram o maior valor. O óleo diesel também registrou alta, mas inferior ao do início de ano.

“É interessante notar que o preço do etanol vinha sendo comprimido até 2015, quando ocorreu uma mudança da política de preços da Petrobrás, com o governo federal deixando de controlar o preço da combustível para segurar a inflação. A partir de então, ocorreu uma considerável recuperação no preço do etanol”, aponta o pesquisador do Ceper e coordenador do Boletim, Luciano Nakabashi.

Dentre os seis municípios analisados – São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Franca, São José do Rio Preto e Araraquara –, Ribeirão Preto foi o que vendeu o combustível pelo maior preço médio, R$4,15, seguido de Franca, município onde a gasolina custou, em média, R$4,06. Nakabashi observa que, desde 2013, Franca, Ribeirão Preto e Rio Preto vem disputando em alternância o preço mais alto da gasolina.

São Paulo apresentou o menor valor médio da gasolina: R$3,88. Em todos os municípios foi registrada alta contínua do preço da combustível a partir de do mês de julho.

Etanol – Araraquara foi o município que apresentou o menor preço do etanol em dezembro (R$2,69), enquanto Franca, mais uma vez, registrou o maior (R$2,91). “A dinâmica do preço do etanol seguiu de perto a dinâmica do preço da gasolina, o que mostra como o preço da gasolina influencia a dinâmica do preço do etanol.

Diesel – O Boletim Sucroalcooleiro aponta ainda que o diesel foi vendido pelo maior preço em Campinas (R$3,29), enquanto que o menor preço foi o de São José do Rio Preto (R$3,20). Com dinâmica menos semelhante à da gasolina quando comparado ao etanol, o óleo diesel foi o combustível que apresentou alta mais forte nos últimos meses e maior similaridade na evolução do preço nos diferentes municípios analisados pelo Ceper.

Álcool ou gasolina? – Nos meses de janeiro e fevereiro de 2017, a gasolina foi mais vantajosa em todos os municípios analisados neste Boletim. Se a razão de preços entre etanol e gasolina for superior a 70%, o consumo da gasolina é recomendável e, se inferior a 70%, o etanol passa a ser uma opção melhor.

De julho a setembro, o índice retornou a razões inferiores a 70% em todas as localidades, o que deu vantagem para o etanol.

Em dezembro, Campinas, Franca e São Paulo registraram razão superior a 70%, revelando vantagem novamente para a combustível. Já em São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Araraquara, o etanol se manteve com uma relação mais favorável em relação à gasolina.

 


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OPA