Segundo relatório da Anfavea, indústria automobilística pode passar por estabilização

Mas presidente da Anfavea acredita que apesar da industria ter apresentado indicadores positivos, ainda é necessário cautela na avaliação.

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Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou na quinta-feira (4), em São Paulo, o resultado da indústria automobilística brasileira em julho e no acumulado do ano. O licenciamento no sétimo mês de 2016 registrou 181,4 mil unidades, o que significa aumento de 5,6% em relação as 171,8 mil de unidades de junho.

Sobre o mesmo mês do ano passado, que registrou 227,6 mil unidades, houve queda de 20,3%. Na soma dos sete meses transcorridos de 2016 foram comercializadas 1,16 milhão de unidades – baixa de 24,7% contra as 1,54 milhão do ano passado. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, a estabilização nos licenciamentos anima:

“Ainda não é possível afirmar que atingimos um ponto de inflexão, mas o fato é que a indústria encontra estabilidade nos últimos meses e alguns indicadores começam a mostrar sinais positivos. Notamos alguma melhora na confiança do consumidor e do investidor, mas é preciso esperar um pouco mais para avaliar se essa retomada terá reflexos nas vendas. Acredito que esse cenário se tornará mais evidente após as definições do cenário político”.

A produção registrou alta de 4,7% em julho: foram 189,9 mil unidades contra 181,4 mil em junho. No comparativo com as 224,1 mil unidades de julho do ano passado a indústria apresentou contração de 15,3%. O total de unidades fabricadas no acumulado está 20,4% inferior se comparado com o mesmo período de 2015, com 1,20 milhão de unidades este ano e 1,51 milhão no ano passado.

As exportações seguem tendência de alta: 45,6 mil unidades foram enviadas para outros países em julho, crescimento de 5% frente as 43,4 mil unidades de junho e de 61% se comparado com as 28,3 mil unidades de julho do ano passado. A exportação em 2016 chegou a 272,2 mil unidades, elevação de 20% contra as 226,7 mil de 2015.

Caminhões e ônibus

As vendas de caminhões em julho, com 4,7 mil unidades, subiram 11,5% frente as 4,2 mil unidades comercializadas em junho, mas diminuíram 27,9% se defrontado com as 6,5 mil de julho do ano passado. O licenciamento no acumulado ficou menor em 30,9% quando comparadas as 30,3 mil unidades deste ano com as 43,8 mil do ano passado.

A produção recuou 8,6% – foram 5,1 mil unidades deste último mês contra 5,6 mil em junho. Na análise com mesmo período do ano passado, quando 6,6 mil unidades deixaram as linhas de montagem, a retração é de 22,9%. Até julho 36,4 mil unidades foram fabricadas, o que representa queda de 24,5% ante as 48,2 mil do ano anterior.

As exportações registram baixa de 5,9% ao se comparar as 11,3 mil unidades deste ano com as 12 mil de 2015. Na análise mensal, as 1,9 mil unidades negociadas em julho com outros países apontam crescimento de 9,4% frente a junho, com 1,7 mil unidades, e de 6% ante as 1,8 mil de julho do ano passado.

No segmento de ônibus a comercialização encerrou o mês com elevação de 73,2%, ao defrontar as 1,7 mil unidades do sétimo mês com as 982 de junho, e de 19,4% ante as 1,4 mil unidades vendidas em julho do ano passado. O licenciamento no período acumulado do ano – 7,4 mil unidades – recuou 33,4% frente as 11,1 mil unidades registradas no mesmo período de 2015.

A produção fechou o mês com 1,6 mil chassis, o que significa diminuição de 10,4% ante as 1,8 mil unidades de junho. Na análise contra julho do ano passado o resultado ficou 13,7% abaixo, com 1,9 mil unidades. No acumulado a retração é de 31%: 10,9 mil unidades este ano e 15,8 mil no ano passado. Já exportações de chassis para ônibus cresceram 23,2% no acumulado, com 4,9 mil unidades este ano e 4 mil em 2015.

Para mais informações, acesse o relatório na integra nesse link.