CEO da Volvo diz que a nova geração de motores a diesel pode ser a última
A Volvo pode não desenvolver uma nova linha de motores a diesel para substituir os que estão atualmente à venda, admitiu seu diretor-executivo – o que significa que os carros de hoje podem ser a última geração de Volvo a ser vendida.
Qual é a razão? Quanto mais rigorosos ficam os regulamentos de emissões de NOx impostas à Volvo, maior é custo para que sejam cumpridos.
De acordo com o site de notícias americano Automotive News, o CEO da Volvo, Hakan Samuelsson, disse que “a partir da atual perspectiva, não vamos desenvolver mais motores diesel para as novas gerações”. Um porta-voz já esclareceu que Samuelsson estava falando sobre opções futuras ao invés de planos firmes, mas isso ainda significa que o diesel está ameaçado dentro da linha de modelos da Volvo.
O próprio Samuelsson acrescentou que acredita que os modelos a diesel de hoje são cruciais para reduzir o CO2 e que os modelos a diesel da Volvo atuais estarão no mercado até pelo menos até 2023. Mas até então, acrescentou, o custo de adicionar sistemas de emissões para compensar os estritos limites de NOx poderia simplesmente tornar inviável os carros movidos a diesel.
A alternativa? Os automóveis eléctricos e híbridos, que têm um efeito ainda maior sobre a redução do CO2, produzindo menos emissões nocivas e, no caso dos automóveis eléctricos, sem emissões locais. Até 2019, o custo de equipar os carros a diesel com sistemas de redução de emissões pode ter aumentado seu preço para um nível comparável com os híbridos plug-in.
O Automotive News informou que os carros com motores a diesel estão, na Europa, atualmente em torno de 1.300 € (pouco mais de R$4800) mais do que os equivalentes movidos a gasolina. Para atender às futuras regulamentações, que exigem que as emissões de NOx em estrada estejam muito mais próximas dos valores avaliados em laboratório, os custos podem subir mais de 300 € (R$1113). Ao mesmo tempo, os custos dos modelos híbridos plug-in estão caindo… a Volvo está certamente esperando a paridade de preços no início dos anos 2020. E o destino dos motores a diesel pode estar selado.