Comércio de BH acumula queda nas vendas de 1,52% no primeiro semestre

Apesar do resultado negativo em junho, a retração do setor ficou abaixo do índice registrado no mesmo período de 2015.

A atual conjuntura econômica tem pressionado o orçamento dos consumidores e, com isso, os recursos disponíveis para o consumo têm ficado cada vez menores. Como reflexo, as vendas do comércio da capital mineira registraram queda de 1,52% no primeiro semestre de 2016, na comparação com o mesmo período do ano anterior.  Os dados são do Termômetro de Vendas do mês de junho da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).

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Segundo o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, a piora dos indicadores econômicos tem impactado diretamente o orçamento dos consumidores. “A inflação, os juros elevados e o desemprego estão dificultando a situação financeira das famílias. Com isso, boa parte das pessoas é forçada a mudar seu padrão de consumo para se adequar a nova realidade”, afirma. “Mas apesar do desempenho negativo em junho, a retração do setor ficou menor que o índice registrado no mesmo período de 2015 (-3,0%). Este resultado pode ser positivo para o comércio, pois essa desaceleração na queda nas vendas pode indicar um fôlego para o segundo semestre de 2016”, completa.

Os setores que apresentaram queda nesta base de comparação (Jan.16-Jun.16/Jan.15-Jun.15) foram: máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,21%); papelarias e livrarias (-1,95%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,71%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,10%) e veículos novos e usados – peças (-0,23%). Apresentaram crescimento os seguintes segmentos: artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+0,98%); supermercados e produtos alimentícios (+0,57%) e drogarias, perfumes e cosméticos (+0,38%).

Comparativo com o ano anterior

De acordo com o Termômetro de Vendas da CDL/BH, as vendas do varejo da capital caíram 1,30% em junho, na comparação com o mesmo período do ano anterior. “A renda das famílias não está sendo suficiente para suprir todas as despesas da casa”, disse o presidente da CDL/BH. “Para equilibrar receitas e despesas, o consumidor acaba priorizando o consumo de itens de necessidade básica e reduzindo a aquisição de outros produtos”, acrescenta.

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Nesta base de comparação (Jun.16/Jun.15), os setores que registraram queda foram: papelarias e livrarias (-3,63%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-3,07%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,49%); ferragens, material elétrico e de construção (-0,71%) e veículos novos e usados – peças (-0,67%); artigos diversos (-0,21%). Apresentaram alta nas vendas os segmentos de drogarias, perfumes e cosméticos (+3,69%) e supermercados e produtos alimentícios (+0,89%).

Comparativo com o mês anterior

Quando comparado com o mês imediatamente anterior (Jun.16/Mai.16), o desempenho de vendas do comércio da capital também foi negativo (-0,39%).  Segundo Falci, nem mesmo o Dia dos Namorados conseguiu reverter esse cenário de retração do comércio. “O motivo para esse resultado negativo do varejo é a atual instabilidade econômica no país. Como a renda das famílias está cada vez menor e mais comprometida com os custos básicos da casa, a tendência é que os consumidores adotem uma postura mais cautelosa na hora de ir às compras”, finaliza.

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Em junho deste ano, na comparação com o mês de maio, os setores que apresentaram desempenho negativo nas vendas foram: veículos, novos e usados – peças (-2,68%); artigos diversos (-2,21%); papelarias e livrarias (-1,53%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,92%); tecidos, vestuário, armarinhos e calçados (-0,40%). Os segmentos que tiveram crescimento foram: drogarias, perfumes e cosméticos (+1,54%); ferragens, material elétrico e de construção (+0,57%) e supermercados e produtos alimentícios (+0,23%).