Confiança do consumidor de BH na economia atinge maior índice desde 2015
A redução nas taxas de juros e de inflação está reforçando a confiança do consumidor da capital na economia do país.
A constatação está na análise do último Indicador de Confiança do Consumidor (ICC), realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). No primeiro trimestre deste ano, o indicador atingiu 50,9 pontos. Tal resultado mostra um aumento de 10,3 pontos referente ao último dado de 2016 (40,6 pontos). Essa é a primeira vez que o ICC registra um resultado positivo, ao ficar acima do nível neutro de 50 pontos. A pesquisa foi realizada com 200 consumidores de Belo Horizonte e Região Metropolitana, no período de 6 a 24 de março.
A sinalização de uma recuperação econômica já começa a surtir efeito positivo nos consumidores, comemora o vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar. “Quanto maior for a confiança do consumidor na economia, melhor é para o país. A predisposição para o consumo tende a crescer de acordo com o aumento na geração de emprego e renda”, afirma. “Seguindo esse ritmo, a tendência é que o país retorne ao caminho do crescimento”, completa.
Os homens e idosos estão mais confiantes na economia do país
A pesquisa da CDL/BH mostrou que entre o público masculino o índice de confiança registrou a maior pontuação (52,0). Nas mulheres esse indicador ficou em 50,1. “Tais dados refletem os índices do mercado de trabalho, onde a maior proporção de desligamentos concentra-se no público feminino de acordo números da RAIS/CAGED de maio”, explica o vice-presidente da CDL/BH. Os dados da RAIS/CAGED apontam uma proporção de 54,4% de mulheres desligadas, enquanto o índice para os homens foi de 51,9%
O maior índice de confiança na economia (70,0 pontos) foi registrado entre os consumidores acima dos 65 anos. Já os mais pessimistas são os adultos, com idade entre 34 e 64 anos, com pontuação de 46,4. Entre os jovens (até 30 anos) e os jovens-adultos (de 30 a 39 anos) as avaliações ficaram em 53,2 e 54,6, respectivamente.
Expectativa para a economia e para finanças também segue em alta
Quando pensam nos próximos seis meses, os belo-horizontinos se mantêm ainda mais otimistas. Prova disso, é que a pontuação do indicador de expectativa geral do consumidor ficou em 62,9. Já no trimestre anterior (Out-Dez.2016), esse índice ficou em 52,8.
E a expectativa do consumidor é ainda maior quando diz respeito as suas finanças. Exemplo disso é que o item recebeu a maior pontuação da pesquisa: 72,0 pontos. “O belo-horizontino está confiante que a inflação e os juros continuarão a registrar queda. Como reflexo disso, o consumidor terá mais renda disponível”, explica Gaspar.
Metodologia
O Indicador de Confiança do Consumidor mensurado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais das finanças pessoais, expectativa para a economia brasileira e expectativa para as finanças pessoais. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários.
Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos consumidores. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação máxima em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.