Conheça os cuidados necessários para investir em startups com segurança
Investir em startups pode render muitos frutos, não importa o quanto de capital está sendo colocado na empresa.
Diferente do que muitos pensam, o valor não precisa ser alto, qualquer um pode se tornar um investidor, mesmo com quantias baixas. No entanto, é preciso entender os riscos inerentes ao negócio.
Em geral, as startups são empresas de pequeno porte que, a partir de uma ideia de tecnologia inovadora, buscam espaço no mercado. É claro que se a tecnologia for realmente boa, o crescimento (e os lucros) podem ser acelerados. Mas por outro lado, a ideia pode ficar pelo caminho sem sucesso. Aí é que entra uma primeira grande questão: como investir em startups de forma segura?
Essa, no entanto, não é a única pergunta a ser respondida, há também o lado do dono do capital intelectual, aquele que teve uma grande ideia, iniciou a startup e está em busca de um investidor. Como ele pode receber este investimento e manter o seu negócio? Como proteger a sua ideia e a sua empresa?
Ajuda jurídica
O assunto de investir em startups é complexo, mas segundo o especialista em direito empresarial Vinícius Camargo Silva, da CSDS Advogados em Sorocaba, “este modelo de negócios vem crescendo e vemos, muitas vezes, uma cabo de guerra entre empreendedor e investidor, que decorre geralmente da ausência de regras. Sem regras, todo mundo quer ter razão. Nesse aspecto, existem mecanismos jurídicos para fazer a regulação entre as partes de forma que todos possam lucrar com a parceria”, avalia.
Os investimentos em quaisquer atividades econômicas exigem planejamento. No campo da organização de negócios esse planejamento passa necessariamente pelos contratos, que vão desde o contrato de investimentos até o modelo societário que será adotado.
Com isso, tanto investidores como os empreendedores que recebem os aportes de capital, constroem a empresa com regras claras desde o início do negócio, o que evita conflitos e mitiga riscos.
Organização empresarial
Com uma estrutura definida pelo acordo entre empreendedor e investidor, é hora de organizar a empresa para que a startup renda os resultados esperados. É necessário ter com clareza qual é o papel de cada um na empresa. Isso pode parecer básico, mas a indefinição sobre, por exemplo, de quem é o poder de decisão, de como serão divididas despesas e lucros e de como serão as funções administrativos dentro da equipe podem levar o negócio ao fracasso. Clareza na definição dos papéis dentro da empresa é fundamental.
É importante também lembrar que quando o assunto é tecnologia, questões como patentes, domínios, direitos autorais e propriedade intelectual têm que ser levadas em conta. Proteger a ideia inicial é manter o “coração e a alma” de uma startup e este é um diferencial competitivo que não pode ser esquecido.
“Uma grande ideia aliada com aporte sustentável de verbas, regulamentação responsável entre todos os interessados e gestão inteligente fazem parte da receita do sucesso para este tipo de negócio. Se qualquer um destes elementos for ignorado a startup corre riscos que poderiam ser evitados”, finaliza Vinícius Camargo Silva.