Política “pró diesel” europeia prejudica marcas premium
Apesar de relativa queda, percentual de modelos de luxo movidos a óleo ainda é muito alto. Políticas anti-poluição focadas principalmente em motores a diesel têm se revelado uma verdadeira ameaça para fabricantes de luxo na Europa.
Altamente dependentes de modelos desse tipo, montadoras alemães e britânicas se vêem cada vez mais encurraladas e forçadas a investir em propulsores e combustíveis alternativos, sob pena de ter suas vendas severamente comprometidas nos próximos anos.
Conforme apontam dados da consultoria Jato Dynamics, a dependência em alguns casos é tanta que se o diesel fosse proibido muitas marcas quebrariam. Na Land Rover, por exemplo, 95% dos carros vendidos no ano passado tinham sob o capô propulsores do tipo. Na Jaguar o índice chega a 90% e na Volvo a consideráveis 80%.
O mesmo vale para a BMW, na qual 3 em cada 4 carros vendidos são alimentados por diesel. Audi e Mercedes-Benz não ficam atrás, com dependência na casa dos 70%. Não por acaso, estas montadoras investem cada vez mais em propulsores de alta eficiência e, quando não, apostam no futuro com mecânicas de vanguarda e independentes dos derivados do petróleo. A BMW, por exemplo, tem a linha de elétricos “i”, a Audi conta com a gama “e-tron” e a Mercedes investe em células de combustível.
Pelo visto a maioria já começa a se preparar. Mas a dependência ainda é gigantesca.