Millennials: Geração arriscada ou investimento de longo prazo?
Quem tem vinte e poucos anos hoje apresenta um risco maior para as seguradoras que os jovens da mesma idade na geração anterior.
A comparação de perfis de risco entre millennials e geração X é resultado de um estudo feito nos Estado Unidos pela TransUnion, empresa global de análise de crédito, com base em seus bancos de dados.
A pesquisa destaca outros dados:
- A frequência de violações de trânsito é maior entre os millennials e tem aumentado ao longo do tempo.
- Os millennials recebem mais multas relacionadas à distração no volante que qualquer outra geração: 1,8 vezes mais que a Geração X e 2,4 mais que os Baby-Boomers.
- Os millennials acumulam maior quilometragem em seus veículos do que qualquer outra geração: 22.088 quilômetros por ano, 3% mais que a Geração X e 8% mais que os Baby-Boomers.
- Os millennials têm a maior porcentagem de veículos considerados de alto risco pelas seguradoras.
Por outro lado, a pesquisa também apontou que, quando chegam aos 30 anos de idade, os jovens de hoje desenvolvem um perfil de risco semelhante aos dos seus pais e avós. Inclusive, a porcentagem de pessoas endividadas é menor nessa geração que nas anteriores. Ou seja, no fim das contas, embora pareçam arriscados, os millennials podem ser um bom investimento de longo prazo para as companhias de seguros.
“Os consumidores mais jovens geralmente são vistos como os mais arriscados no mercado de seguros, muitas vezes por um bom motivo. Em uma base percentual, eles tendem a se envolver em mais acidentes e têm maior propensão a multas”, disse Mark McElroy, vice-presidente executivo de Seguros da TransUnion nos EUA. “Mas, à medida que envelhecem, muitos millennials melhoram seu perfil de risco para as seguradoras, que podem se beneficiar de relacionamentos duradouros com esse grupo influente”.
“Em nossas conversas com os executivos das seguradoras no Brasil, observamos uma sinistralidade parecida nesse perfil de público. Especialmente por distração ao volante, que é muito comum nessa faixa etária. Comportamentos como esse têm feito as seguradoras avaliarem com muito afinco sobre como lidar com essa geração”, disse Marcelo Sena, Diretor de Seguros da TransUnion no Brasil.