Gerações conectadas – uma reflexão sobre como a Internet mudou o mercado e os consumidores

Fica cada vez mais evidente que as soluções de conectividade, hoje, são totalmente moldadas pela demanda do mercado.

* Por Fábio Appel

Pessoas nascidas na “virada do milênio” já têm 16 anos e provavelmente nunca ouviram falar no temido “bug”. Crianças com 9 anos desconhecem um mundo sem iPhone. A primeira geração de profissionais Z, com seus 18 anos, chega agora ao mercado de trabalho. É evidente que vivemos um novo momento em escala global, no qual a conexão se dá em níveis jamais imaginados pelo homem.

Há pouco menos de 20 anos a Internet começou a ser utilizada por civis e a utilização do Wi-Fi para conexão com a Internet data dos anos 2000. Apesar disso, as próximas gerações não saberão o que é viver sem conexão banda larga ou sem acesso a redes sociais e aplicativos em qualquer lugar e a qualquer hora.

Fica cada vez mais evidente que as soluções de conectividade, hoje, são totalmente moldadas pela demanda do mercado. A evolução do padrão Wireless N, que teve com início em 2003 para o padrão Wireless AC é um dos exemplos de como a agenda de inovação da indústria está cada vez mais voltada para o atendimento de necessidades dos consumidores, ávidos por estabilidade e velocidade.

Essa mudança de padrão, por exemplo, vem atender às necessidades de disponibilidade de banda para aplicações e alto consumo. A frequência de 5GHz passa a ser utilizada para garantir redes com menos interferências, como a de 2.4GHz, por exemplo, já bastante popularizada e utilizada, devido à alta demanda e grande utilização nos últimos anos. Os roteadores, também, passam a atender um número cada vez maior de equipamentos conectados.

Ao mesmo tempo tornou-se impensável apresentar ao consumidor final um manual com milhares de páginas e repleto de termos técnicos, como acontecia antigamente. Hoje em dia, aplicativos de instalação e procedimentos de configuração precisam ser simples e fáceis, pois ninguém pretende contratar um técnico para instalar o novo roteador ou colocar o tablet recém comprado em funcionamento.

Com a popularização do Streaming de Vídeo, liderado pela Netflix, e dos jogos on-line, as demandas por velocidade e estabilidade são cada dia maiores e os consumidores esperam alta largura de banda para qualidade de imagem e estabilidade para menor tempo de resposta.

Aqui no Brasil, atualmente as operadoras e a Anatel estão trabalhando para aprimorar a qualidade da conexão de Internet e os roteadores comercializados no País seguem especificações e acompanham evoluções do mercado como o novo padrão de endereços IPv6.

O mercado estará, nos próximos anos, fortemente direcionado para soluções inteligentes para o lar –  o que gera um aumento na quantidade de produtos conectados à rede – e também para soluções de alta qualidade como vídeos 4k e 8k, nos quais o tráfego de dados é ainda maior. Conexão, hoje, já é vista como commodity, e as empresas capazes de desenvolver e entregar as melhores soluções que sustentem essa estabilidade da rede serão as que liderarão a próxima geração de soluções capazes de tornar pessoas em todo o mundo mais interligadas, onde quer que estejam.

Fábio Appel é coordenador da área de produtos da TP-LINK no Brasil. A TP-LINK é uma empresa global de produtos de rede e conectividade, líder em fornecimento de equipamentos Wireless e de banda larga.