4 ensinamentos preciosos sobre abrir um negócio no mercado pet
Até no mercado pet, a abertura de um negócio envolve pontos fundamentais para que ele tenha o sucesso esperado e não decline antes de apresentar resultados positivos.
Assim como em outros segmentos, o mercado pet também requer uma série de processos a serem seguidos e que definirão o futuro do empreendedor. Segundo o Sebrae, o ramo pet já representa 0,34% do PIB brasileiro, à frente dos setores de geladeiras e freezers e componentes eletroeletrônicos.
Com um desempenho satisfatório, o mercado pet e veterinário torna-se atrativo para novos empreendimentos. Mas, antes de executar o desejo do negócio próprio, é necessário muito planejamento e orientação especializada. Para o professor Marco Antônio Gioso, professor docente do curso de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e especialista em gestão de negócios, muitos profissionais veterinários acreditam que sua experiência e formação acadêmica são suficientes para abrir uma clínica ou pet shop. Mas, apesar de toda a vivência, é de extrema importância possuir conhecimentos sobre gestão de negócio.
“O profissional veterinário possui, evidentemente, um vasto conhecimento sobre sua área de atuação e sobre o mercado – pois o vive melhor que ninguém -, mas isso não quer dizer que ele esteja pronto para abrir seu negócio próprio. Recomendo que ele invista em um curso de gestão ou, pelo menos, que pesquise muito antes de seguir com a ideia. O mercado, ao mesmo tempo que possui oportunidades de investimento, também tem uma grande concorrência. É muito importante definir seu diferencial, objetivo e meta”, comenta o professor.
Para auxiliar quem deseja iniciar um negócio na área, o especialista separou algumas dicas fundamentais, veja abaixo:
1. Estudo e pesquisa sobre o mercado pet
É imprescindível que o profissional, ao decidir abrir seu negócio, realize uma boa pesquisa de como está o mercado pet e o que ele pode oferecer para agregar algo diferente do que já existe. Uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) mostrou que existem aproximadamente 23.000 estabelecimentos registrados atuando com serviços de medicina veterinária.
“Com um mercado que cresce a passos consideráveis, é importante que o primeiro passo seja procurar o Sebrae, que possui dados atualizados do setor, e buscar orientação com profissionais e consultores em negócios. Uma boa ideia é assistir a algumas aulas de empreendedorismo, online ou presencial”, sugere Gioso.
2. Plano de negócios
Segundo o professor, é quase impossível administrar um estabelecimento sem um plano de negócios, que deve contar com três pilares: estabelecer metas, planejá-las e executá-las. Com as etapas estabelecidas, inicia-se a gestão do negócio que engloba objetivos, valores, recursos humanos, escolha de fornecedores, gerenciamento de estoque e controle financeiro. “O plano de negócios é importante porque mostra ao proprietário o quanto ele pode gastar, o quanto deve investir e o que deve comprar, evitando assim que o estabelecimento entre em dívidas antes de começar”, afirma o doutor.
3. Contratação de funcionários
Escolher os profissionais que irão integrar a empresa não é uma tarefa fácil. Além das habilidades técnicas que o dono precisa encontrar, é importante observar o comportamento do futuro colaborador, este precisa ter atitude e acreditar no propósito da empresa para que os dois cresçam juntos. “O colaborador que trabalha neste tipo de negócio precisa ter algumas características próprias para que se adapte ao trabalho. Eu costumo orientar que o empreendedor, após encontrar um perfil adequado, deve utilizar o TEO (treinar, educar e orientar), é muito importante para que no futuro se tenha sucesso e pouca rotatividade. O funcionário representa o seu negócio, ele que estará na linha de frente com os clientes. Por isto, precisam ser bem orientados para que façam um bom atendimento e cativem o consumidor”, pontua o profissional.
4. Atenção aos imprevistos
É importante lembrar que todo começo é difícil e cada pequeno passo deve ser feito com cautela e muita pesquisa. Os primeiros meses são de investimento e é essencial que os futuros empreendedores disponham de capital de giro, que servirá para cobrir as despesas corriqueiras.
Outro ponto de atenção e que costuma pegar muitos empresários de surpresa são os processos trabalhistas. “Indico que além da gestão financeira, seja feito um bom aprofundamento em leis trabalhistas, adequação aos acordos coletivos do sindicato e zelo com o colaborador que, se satisfeito, se sente ainda mais motivado a entregar o melhor trabalho. O caminho é árduo, mas se feito com atenção e cuidado será de grande sucesso”, conclui o consultor.