Movimento em Shopping Centers cai em junho
Fluxo de visitantes a shopping centers recua 1,48% em junho, aponta índice IVSC-Abrasce
O fluxo de visitantes nos centros de compras do país recuou 1,48% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. É o que aponta o índice IVSC (Índice de Visitas a Shopping Centers), realizado pela ABRASCE em parceria com a FX Flow Intelligence, empresa especializada no monitoramento de fluxo do varejo. A pesquisa é mensal e leva em conta os dados obtidos pela companhia no acompanhamento dos consumidores nos principais shoppings do país.
De acordo com o levantamento, a região Sul registrou o maior recuo, com retração de 6,49%, seguido do Sudeste com 3,45%. No acumulado do ano até o momento, a queda é de 4,63% em relação a 2015. Só na semana do dia dos namorados, ente 6 a 12 de junho, o recuo foi de 3,26%. Mesmo assim, já é possível identificar os primeiros sinais de melhora, a partir do aumento registrado no Nordeste, de 2,04%.
Para Marcelo Tavares, CEO da FX Flow Intelligence, o varejista já pode ficar um pouco mais otimista para o segundo semestre. “Estamos em queda e o país ainda precisa de fôlego econômico para melhorar, mas com as datas comemorativas dos próximos seis meses e as promoções previstas com o fim da coleção outono/inverno, é possível vislumbrar um cenário mais positivo”, explica.
No e-commerce, brasileiros têm optado por compras à vista
Nessa época de incertezas econômicas, a tendência é o pagamento à vista no varejo online. Segundo a MundiPagg, especialista no processamento de transações em lojas virtuais e que detém 40% do mercado de e-commerce brasileiro, no primeiro semestre desse ano, o número de compras com pagamento no ato chegou a 16,5% do total de pedidos do e-commerce. Em 2015, esse número era de 12,8%.
Em relação às compras parceladas de duas a seis vezes, os números caíram de 37,4% para 36,5%, enquanto as realizadas de sete a doze vezes foram de 49,9% para 47,0% Para Guilherme Pizzini, CEO da MundiPagg, a mudança é decorrente da redução dos prazos nos parcelamentos sem juros oferecidos pelos e-commerces e pelo desemprego.
“O momento econômico está difícil, por isso, as pessoas estão preferindo os pagamentos à vista como uma forma de evitar contrair dívidas a longo prazo, com medo de perderem o emprego e não quitarem seus débitos. Mas, o cenário é animador para o e-commerce no segundo semestre, graças ao Dia das Crianças, Natal e, principalmente, a Black Friday”, comenta.