Pesquisa revela realidade das empresas familiares brasileiras
Realizado pela PwC, entre 9 de maio e 19 de agosto deste ano, o estudo “Pesquisa de Empresas Familiares 2016” procurou entender um pouco melhor sobre os balanços e perspectivas de futuro desse tipo de empreendimento.
Ao analisar 2,8 mil empresas familiares com renda acima de US$ 5 milhões por ano, em 50 países, o network de firmas chegou à conclusão que apesar de 44% das empresas brasileiras registrarem uma queda de faturamento no último ano, 79% delas preveem crescimento nos próximos cinco anos.
“Os resultados mostram que as empresas familiares brasileiras, de modo geral, têm demonstrado uma resiliência em lidar com o cenário econômico desfavorável”, disse Carlos Mendonça, sócio da PwC Brasil, em nota oficial.
Entre 93% das firmas, que pretendem se expandir no mercado através de financiamento externo, e 71%, que irão usufruir de seus próprios recursos para atingir suas metas, aparecem quatro diferentes estratégias: crescer o negócio em mercados já existentes com 74%; comprar outras empresas com 49%; investir em novos setores com 42%; e crescer internacionalmente com 30%.
Enquanto nos próximos 12 meses, condições do mercado adversas; e regulamentações e políticas de governo aparecem como as principais dificuldades que as companhias brasileiras esperam lidar, nos próximos cinco anos estão conter custos, responder à situação econômica e inovar.
Além disso, “um dado que chama atenção é que, assim como na pesquisa realizada em 2014, apenas um terço das empresas familiares brasileiras planeja passar o controle total – gerência e propriedade – para a próxima geração”, apontou Carlos Mendonça, em nota oficial. Quase a maioria das companhias afirma possuir algum mecanismo para conter conflitos familiares. As firmas relatam que 43% delas possuem algum tipo de programa de igualdade entre homens e mulheres nas posições de liderança.
Vale ressaltar que em tempos que apenas 44% das companhias brasileiras dizem estarem conectadas ao universo digital, cultura e valores com 85%, avaliação de sucesso sem levar em conta o lado financeiro com 73% e agilidade para tomar decisões com 72% são vistos como os grandes diferenciais desse tipo de empreendimento.