Streaming em alta: 2016 foi um ano de ascensão, diz pesquisa

O número de internautas que assinam serviços de streaming pelo smartphone no Brasil dobrou entre abril e novembro de 2016, quando essa proporção subiu de 18,8% para 40,1%.
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Como esperado, o Netflix, serviço de streaming de vídeo que está no Brasil desde 2011, “puxa a fila” desse crescimento, já que responde pela maior parte desses assinantes (58.9%), de acordo com o levantamento.

Em seguida aparece a plataforma de streaming de música Spotify, lançado no Brasil em 2014, com 24% dos assinantes, seguido bem de longe pelo rival francês Deezer, que possui 3% dessa fatia. O mais recente Globo Play, que acaba de completar um ano, possui “quase 3%”.

Apesar da pesquisa da Panorama Mobile Time/Opinion Box não apontar isso, a crise econômica pelo que passa o Brasil e a recente queda de assinantes da TV a cabo sugere uma migração de usuários para o Netflix, que tem preços a partir de 22,90 reais por mês e vem investindo cada vez mais em séries e programas ligados ao país, como as séries 3% (produzida no Brasil) e Narcos (estrelada pelo brasileiro Wagner Moura e dirigida pelo compatriota José Padilha).

Em 2016, o número de assinantes de TV a cabo no Brasil voltou a ficar abaixo dos 19 milhões, mesmo patamar de 2013. Para se ter uma ideia, entre abril do ano passado e abril de 2016, por exemplo, o número de assinantes de TV paga caiu 4,3% no país, atingindo a marca de 18,91 milhões no Brasil, de acordo com a ABTA, que, por outro lado, absolve o Netflix e culpa apenas a crise econômica pelo encolhimento do mercado da TV a cabo por aqui.

Netflix ganha rivais

Não por acaso, dezembro marcou a chegada ao Brasil de dois rivais de peso para o Netflix: a HBO Go e o Amazon Prime Video. No entanto, ambos ainda estão longe de ameaçar o posto de liderança da plataforma de Reed Hastings.

O Netflix não revela seus números no país, mas estudos independentes apontam que o Brasil já é um dos quatro maiores mercados da empresa no mundo.

Estudo publicado em fevereiro deste ano pela Universidade de Oxford apontam que serviços como o Netflix já afetam as TV pelo mundo. Segundo o levantamento, o número de assinantes de TV paga nos EUA caiu de 100,9 milhões para 97,1 milhões entre 2011 e 2015, enquanto que os serviços de vídeo OTT (over the top) pularam de 28 milhões para 50,3 milhões no mesmo período.

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