Profissões do futuro exigem capacitação e interdisciplinaridade, diz pesquisa
Interdisciplinaridade é a palavra de ordem para quem está de olho nas profissões do futuro do mercado de trabalho para os próximos anos. Entre as que estarão em voga, destacam-se carreiras ligadas a envelhecimento da população, energias renováveis, aquecimento global, infraestrutura e saúde.
Todas aliadas à tecnologia. Para celebrar o Dia do Trabalho, o Ministério do Trabalho entrevistou especialistas no assunto e elencou dicas para os brasileiros que buscam sucesso e oportunidades.
De acordo com o diretor-executivo da consultoria global Michel Page e analista de mudanças estruturais no ambiente de trabalho Ricardo Basaglia, a automatização em larga escala viabilizada pela inteligência artificial irá reestruturar praticamente todas as áreas nas quais os trabalhos de lógica repetitiva e linear prevalecem. Ele também estima que, nos próximos 20 anos, 3% a 14% da força de trabalho do mercado mundial deverá mudar de categoria de empregos. Um dos motivos é a evolução da tecnologia na área da saúde, que gera maior expectativa de vida e possibilita que as pessoas tenham de quatro a cinco carreiras.
O especialista observa que menos de 5% dos empregos atuais são capazes de serem 100% automatizados. Porém, de cada 10 empregos atuais, em seis deles a tecnologia tem capacidade para automatizar até 30% das atividades desempenhadas. “A tecnologia ajudará a desenvolver habilidades e contribuirá para o processo de individualização do aprendizado profissional. Acredito que vamos sair dos programas formais e tornar as pessoas mais interdisciplinares. Não há como desassociar uma coisa da outra. Essa ponte é fundamental para se ter sucesso”, explica Basaglio.
A mestre em Psicologia e master coaching da consultoria Rita Brum Master Coach, Rita Brum, acrescenta que, além do autoconhecimento, as profissões do futuro exigirão diversidade. “O profissional não pode ficar restrito à sua formação; é preciso buscar constantemente informações sobre novas demandas e aprender a ser multidisciplinar. A capacitação é essencial, mas também é preciso e avaliá-la permanentemente. Os profissionais de hoje e do futuro não podem achar que estão atualizados, pois as mudanças no mercado laboral são rápidas, constantes e provocadas pelas demandas da sociedade”, ressalta Rita Brum.
Informações:
Ministério do Trabalho