6 tendências para negócios de alimentação inovadores

O mercado de alimentação vive um momento inverso ao da maioria dos setores: cresce na casa dos dois dígitos mesmo diante da crise. Em 2015, segundo dados do Instituto Foodser-vice Brasil em parceria com a GS&MD, o setor faturou mais de R$ 170 bilhões.
Foto: Unsplash

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Além do faturamento bilionário, a área é também o sonho de muitos empreendedores. Só São Paulo tem mais de 55 mil negócios de alimentação, com milhares de pizzarias, bares, restaurantes e opções de delivery.

Se você quer entrar no mercado de negócios de alimentação, o segredo está no planejamento. É preciso pensar no modelo de negócio e no posicionamento da empresa antes de começar. Além disso, estudos de viabilidade financeira e das regras a serem seguidas são essenciais. “Nós ainda vemos a customização de produtos, a saudabilidade e a preocupação com sustentabilidade como tendências”, diz Karyna Muniz, consultora do Sebrae-SP.

Com a ajuda da consultora, Pequenas Empresas & Grandes Negócios mapeou os tipos de negócios que devem ser tendência no próximo ano. Veja a lista a seguir:

1. Compartilhamento

Compartilhar espaços é uma tendência em várias áreas. Na de alimentação, está sendo impulsionada pela crise, que torna os alugueis mais caros e até inviabiliza negócios. “Temos visto empreendedores com produtos inovadores na gastronomia dividindo espaço em feiras e eventos”, diz Karyna. “A gente precisa pensar em parcerias em tempos de crise e a grande tendência para 2017 é que os espaços vão continuar caros”, diz.

2. Store in store

Ter duas marcas dentro de um mesmo estabelecimento já é uma realidade no mercado de franquias, mas ainda não despontou em negócios de alimentação independentes. Com a crise e a alta no valor dos imóveis, a dica para os empreendedores que já têm um negócio de alimentação é abrir dois negócios juntos, como uma loja de churros e uma sorveteria. “O empresário enxergar que pode ter um novo negócio dentre do dele, agregando conveniência com um produto que seja sinérgico”, diz Karyna.

3. Saborização

Produtos saborizados também estão aparecendo como uma tendência no exterior. “Nos Estados Unidos, já vemos água de coco com sabor de manga ou pimenta e snacks saborizados”, diz Karyna. No Brasil, já existem algumas empresas de água que vendem cápsulas para adicionar sabor à bebida.

4. Apps

O mercado de aplicativos de delivery, que no Brasil está bastante consolidado, começa a despontar com força também no exterior e a se aprimorar. “Aplicativos como o Uber Eat, braço de alimentação do Uber, tem opção de fazer entregas de comida em até 10 minutos do pedido”, diz Karyna.

Outra tendência são os aplicativos que gerenciam as filas de espera nos restaurantes e até os que possibilitam fazer pedidos sem a necessidade do garçom. “Algumas franquias de alimentação no exterior já têm um balcão especial para quem faz o pedido pelo app e só vai retirar”, afirma.

5. Coworking

Com mais gente fazendo comida em casa, estão surgindo espaços compartilhados focados em empreendedores de alimentação. “Visitei a Brooklyn FoodWorks, que funciona como uma incubadora e um espaço de coworking com cozinhas que podem ser usadas por hora”, diz.

O local também oferece armazenamento de produtos, lavagem de utensílios e até uniformes para os empreendedores. “É um lugar para fazer a produção, sem precisar de um espaço próprio para o negócio, que permite ainda pode compartilhar a ideia com outras pessoas e fazer parcerias para ter um produto ou marca forte no mercado”, diz.

6. Food trucks para eventos

Segundo a consultora, a tendência dos food trucks começa a passar por um período de baixa. “A gente viu no último ano, por causa da crise, os food parks fechando e as operações remotas viram um desafio”, diz. Apesar deste movimento, os food trucks que funcionam como negócios de alimentação temporários, em feiras e eventos, continuam em alta. “Eles viraram alternativas a praças de alimentação. Mas deixam de ser uma tendência como comida de rua”, afirma.

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