Último lote de saques do FGTS devem injetar R$ 1,2 bi nos setores de comércio e serviços

O próximo e último lote de saques das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) estará liberado a partir do próximo sábado, (08/07) e deve injetar até R$ 1,2 bilhões nos ramos do comércio e serviços.

A estimativa foi feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com base na projeção do governo de que os saques de julho atingirão R$ 3,5 bilhões.

Levando em consideração os consumidores que ainda vão realizar saques, a principal finalidade será o pagamento de dívidas: 21% vão utilizar o dinheiro para quitar compromissos atrasados e 20% vão utilizá-lo para regularizar ao menos uma parte das pendências. Cerca de 21% citam também o pagamento de despesas do dia a dia e 22% planejam poupar os recursos que vão receber. Apenas 7% vão realizar compras extras de itens como roupas e calçados. Os que vão usar o dinheiro extra para viajar representam apenas 4%.

38% dos que já sacaram usaram o dinheiro extra para quitar dívidas

O levantamento mostra que, dentre os trabalhadores que já realizaram saques, 38% usaram o dinheiro extra para quitar dívidas em atraso e 39% para pagar despesas do dia a dia, enquanto 6% usaram esse recurso para pagar ao menos parte das pendências.  Há ainda 12% de trabalhadores que optaram por poupar o benefício. Outra estratégia também utilizada pelos entrevistados foi aproveitar o dinheiro extra para antecipar o pagamento de contas não atrasadas, como crediário e prestações da casa ou do carro, citado por 7% dos que já sacaram seus recursos.

De acordo com a pesquisa, 21% dos brasileiros já sacaram o benefício e 10% ainda pretendem fazê-lo assim que o último lote estiver disponível. No total, 54% dos consumidores não têm dinheiro a resgatar o FGTS inativo, enquanto 10% desconhecem se têm direito ao saque.

Metodologia

A pesquisa foi realizada em 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.