As maiores virtudes das mulheres profissionais no mercado

“Eles” e “elas” possuem, muitas vezes, perfis psicológicos, jeitos de pensar e sensibilidades distintas ao lidarem com os desafios. Em alguns casos, o ponto forte de um, é o fraco do outro e vice-versa. Agora em qual competência as mulheres profissionais se destacam nas empresas?

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Chevanon Photography

Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez essa pergunta a 17.553 jovens em todo o país, com faixa etária de 15 a 26 anos, e concluiu: se antes o afeto, a observação aguçada, a versatilidade e a delicadeza eram avaliadas como fraquezas ou “perda de tempo”, hoje somam-se a valores indispensáveis no processo produtivo das organizações.

Cada vez mais presentes nos altos cargos de pequenas, médias e grandes corporações, as gestoras não chegaram lá à toa. Para 32,19% (5.650 dos entrevistados), a principal característica das mulheres profissionais, no atual cenário, é justamente a sabedoria na “tomada de decisões”. Para a analista de treinamento do Nube, Jéssica Ferreira, a explicação é clara: “Desde sua infância, a mulher representa um papel de líder, ao auxiliar na educação e cuidado dos irmãos, primos ou dos colegas de classe, por exemplo, mantendo a harmonia – seja no espaço familiar ou na escola”.

Nessa linha, Jéssica acrescenta: “A competência de escolher caminhos se torna natural em seu cotidiano profissional, pois é acostumada com a capacidade de lidar com situações nas quais o foco é construir decisões benéficas ao todo”.

Na sequência, o “trabalho em equipe” desponta em segundo lugar na pesquisa, sendo a escolha de 4.180 participantes (23,81%). “Em geral, somos mais flexíveis quando se torna importante alguém abdicar de seu ponto de vista, perante às necessidades coletivas. Isso se deve, basicamente, ao fato de pensarmos primeiro no viés mais amplo, em contextos de superação de desafios ou de melhorias de determinada questão, antes de avaliarmos possíveis vantagens individuais. Esse aspecto colabora com a serenidade de um grupo”, acredita a analista de treinamento do Nube.

Ao observarmos o mundo do trabalho, as desigualdades ainda existem. Uma pesquisa feita pelo Instituto Ethos, em 2016, indicou: em cargos de alta gerência, mulheres profissionais ocupam 54,44% a menos se comparadas aos homens. No entanto, ao avaliarmos os últimos 30 anos, notamos um crescimento de 40,8% da presença feminina no mercado. “Muito disso se deve ao fato de, cada vez mais, um detalhe ser exigência certa para corporações de quaisquer portes: a Inteligência emocional”, alerta Jéssica, em alusão ao terceiro e quarto lugar de nosso estudo.

Com pequena margem de diferença, surgem, respectivamente, as opções “construção de bons relacionamentos” (16,80%, ou 2.949 votos) e “liderança e controle de emoções” (2.860 consultados, ou 16,29%). Por fim, o “gerenciamento de crises” foi a quinta virtude mais citada pelos entrevistados, com 10,90% (1.914) das preferências.

Buscar a melhor colocação profissional e correr atrás da expansão de seu potencial: esse deve ser o objetivo comum entre os sexos, independentemente do gênero. “É preciso trabalhar e lutar pelos sonhos. A recompensa do trabalho vem com a satisfação de se sentir bem, útil e de produzir. Para isso, ouse, seja arrojada e não tenha medo de errar. Uma vez determinada, chegará no topo e, claro, preparada para não cair”, afirma Jéssica. E quando as tarefas forem muitas e múltiplas? “O equilíbrio será o grande divisor para qualidade de vida. Com ele, a mulher dará conta da saúde mental, física, financeira e familiar”, conclui a especialista do Nube.