5 passos para desenvolver a cultura que abraça o erro e ajuda sua empresa a inovar

A cultura do erro representa um interessante modo de pensar das startups. É a possibilidade de errar e aprender com os erros. Entenda como:

startups e a cultura do erro

Foto: pexels.

Diego Carmona, cofundador da Leadlovers, plataforma de automação de marketing digital, e autor de “Visionários – Desenvolva um novo olhar sobre seu negócio, inove e se destaque no mercado!” explica como funciona a cultura do erro:

“Se a ideia não der certo ou precisar de ajustes, não tem problema. Esse aprendizado faz parte do processo. O principal dessa nova visão de negócio não é o erro em si, mas a maneira como os empreendedores lidam com eles”.

Qualquer empreendedor que deseja arriscar-se no mundo dos negócios precisa ter em mente um bom produto ou bom serviço. Ou, o chamado MVP (mínimo produto viável), uma maneira de testar sua ideia. Nas startups, esse processo é dinâmico.

Erre rápido e erre barato.

Errar rápido e errar barato é o lema adotado por Diego. Como os processos de validação de hipóteses das startups não costumam ser muito custosos nem extensos, é possível correr mais vezes o risco de errar. 

“Essa é uma visão transformadora que todos os empreendedores deveriam adotar: você sempre estará no caminho certo se o seu objetivo é errar – e aprender com as falhas

— Mas como criar uma cultura que abrace o erro dentro de um novo negócio?

Primeiramente, o empreendedor explica a necessidade de que é importante lidar com os erros de maneira inteligente e madura. É preciso encarar as falhas não com o viés da culpa, que gera vergonha e medo de errar, mas com o viés do aprendizado.

“Não crie bloqueios e procure desculpas para explicar a falha. Ao contrário, utilize o deslize para aprender mais sobre o seu produto, a sua equipe ou os processos que estão sendo feitos

Para que isso funcione bem, é preciso criar e desenvolver uma cultura organizacional que abrace os erros e, consequentemente, a inovação. Afinal, só inova quem está disposto a fazer coisas que ninguém fez antes, e um dos riscos desta postura é não acertar de primeira. É preciso ter um ambiente em que o erro possa ser caracterizado como positivo, e não como negativo.

“A proposta é criar uma cultura em que a liderança não busque culpados por um erro específico. Mas que estimule que novidades sejam apresentadas com todos os riscos que elas trazem. Esse raciocínio é importante para validações e não deve ser perdido quando a empresa cresce e se desenvolve”

Para que tudo isso não vire utopia, Diego Carmona explica que empresas devem ficar atentas à forma de condução dos líderes e dos funcionários da empresa. A cultura do erro é uma prática diária que exige dedicação de todas as partes do negócio. Como ponto de partida, ele sugere alguns passos imprescindíveis.

5 passos básicos para criar uma cultura que abrace o erro, privilegiando a inovação e o desenvolvimento:

1 – Treinar a liderança:

• ENXERGUE ERROS COMO PROCESSOS

O aprendizado torna-se inovação quando os profissionais não têm medo de falhar. Para que isso seja possível, a liderança deve comprar essa ideia. Ou seja, líderes devem entender que a cultura do erro leva ao sucesso, e não ao fracasso.

2 – Entender por que o erro foi cometido:

• ENTENDA O QUE CAUSOU DETERMINADA FALHA

O aprendizado é concretizado quando entende-se o que causou determinada falha. Praticar a cultura do erro é dedicar tempo para analisar o motivo do erro antes de partir para outra solução.

3 – Colher dados:

• COLETE DADOS QUE EXPLIQUEM A FALHA

Analisando o erro, você reúne métricas que explicam as falhas. Esses dados são cruciais para que você construa uma nova hipótese e realize novos testes.

4 – Fazer listas de aprendizagem:

• FAÇA A COMPILAÇÃO DE CADA APRENDIZADO

É importante compilar o que aprendeu a partir de cada erro para visualizar como sua ideia foi se transformando – e amadurecendo. Consulte sempre essas listas quando sentir que é hora de mudar de estratégia.

5 – Pivotar:

• Pivotar é mudar de estratégia depois de perceber que a empresa estava no caminho errado.

Quando os erros levam a acreditar que é preciso mudar a estratégia, o melhor a fazer é mudar a direção da sua atuação e pivotar.


 

Abraçar a cultura do erro pode ser um caminho de destaque no mercado. Se gostamos tanto de nos espelhar no resultado de cases internacionais de sucesso, deveríamos também nos inspirar no processo envolvido para alcançar o sucesso.

Bons negócios!


Diego Carmona
Há quase 20 anos atuando como empreendedor, Diego Carmona é co-fundador da Leadlovers.

| Informações: Juliana Mendonça e Patrícia Jimenes |