Tendências e desafios do empreendedor em 2017

A chegada de um novo ano motiva muitos empreendedores a tirarem ideias do papel e darem continuidade a seus projetos.

Foto: REUTERS/Charles Plateau

Foto: REUTERS/Charles Plateau

Mas investir em um novo negócio ou segmento exige conhecimento de mercado e um planejamento detalhado.

É preciso estar atento ao comportamento do consumidor e as mudanças e demandas demográficas e tecnológicas.

Para Adriano Tadeu Barbosa, supervisor do curso de Empreendedorismo do Centro Europeu, de Curitiba (PR), o segredo é se relacionar com outros empreendedores, elaborar e seguir um plano e ter um entendimento claro de qual é o objetivo do negócio.

”O cenário empreendedor brasileiro tem ótimas perspectivas para o ano de 2017. O empreendedor que compreender o mercado e oferecer soluções ágeis, eficientes e inovadoras tende a crescer e se destacar”, afirma o especialista.

Entretanto, um dos maiores desafios de empreender no Brasil está relacionado ao preparo e capacitação.

O país abre milhares de novos negócios anualmente, mas apenas uma baixa porcentagem destes empresários procura informações concretas sobre o mercado, a atividade e a forma correta de gestão antes de investir.

“É muito importante instruir-se e se manter atualizado, quanto mais o empreendedor vivenciar e estudar o segmento em questão, mais condições ele terá de resolver os problemas e atender as necessidades do público com qualidade”, afirma especialista em objetivos empreendedores, liderança e coaching Emanuelle Araújo Mendes.

Criatividade é fundamental

Para o empresário Augusto Köech, empresário curitibano proprietário da marca de acessórios Guto Koëch, vencedor do Prêmio Jovem Brasileiro 2016 na categoria “empreendedorismo de moda”, a criatividade e a busca por diferenciais são fundamentais para afastar os problemas da crise econômica.

“A cada ano que passa, empreender se torna uma tarefa mais desafiadora, pois o mercado, cada vez mais competitivo, seleciona aqueles que entendem a importância de pensar fora da caixa e se reinventar. Pensar em produtos e serviços novos, realmente inovadores”, destaca Köech.

Segundo Adriano Tadeu Barbosa, conceitos como sustentabilidade, qualidade de vida, mobilidade, colaboração e consumo esperto, com destaque para a economia compartilhada, onde o experenciar é melhor que o ter, continuarão fortes. Produtos e serviços com foco na beleza masculina devem dar ao Brasil, até 2019, o título de líder mundial no segmento.

“É importante, também, que os empreendedores olhem com carinho para novas demografias, como a crescente terceira idade e os solteiros. Nichos bem específicos, como o do mercado de luxo, também estão abertos para novidades, principalmente por serem diretamente relacionados com exclusividade e customização”, completa Barbosa.