4 grandes dificuldades das startups para sobreviver no Brasil

O futuro dos negócios não está mais restrito apenas às grandes empresas multimilionárias, mas sim nas startups.

Foto: Bench Accounting

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Cada vez mais, o mercado olha de maneira ansiosa para startups, procurando adivinhar de qual delas o próximo projeto disruptivo nascerá.

Porém, por mais complicado que pareça montar uma startup do zero, mais difícil ainda é mantê-la funcionando, principalmente no Brasil. Alguns países já reconhecem a força desse modelo de negócios e por isso oferecem facilidades para a consolidação dele. O Brasil ainda precisa melhorar – e muito – na receptividade desse tipo de empresas.

Veja a seguir uma lista com 4 elementos que merecem análise no cenário de startups brasileiras, segundo Caio Bretones, CEO da startup Mobile2You, que se encaminha para seu 6º ano no mercado, especializada na criação de aplicativos para diversos segmentos.

1. Aumento de incentivos governamentais

“Enquanto empresas como Itaú e Porto Seguro criam incubadoras para incentivar pequenas empresas, essas ações pontuais não são suficientes para um país tão grande e diverso como o Brasil. O governo federal também precisa exercer um papel no crescimento das startups brasileiras.

Facilidades e incentivos fiscais governamentais que deveriam ser dados são escassos. Se uma startup estiver contando com a ajuda do governo para se manter em pé, é quase certo de que ela não irá durar muito tempo”, diz o CEO.

2. Falta de know-how pode ser um problema

“Por mais que o conceito de startups seja relativamente recente, alguns mercados, como os Estados Unidos e Europa, já possuem um certo know-how e sabem como trabalhar de maneira efetiva nesse ambiente, com todas as incertezas e reviravoltas que ele traz.

Aqui no Brasil, encontrar talentos com conhecimento técnico é uma questão complicada, porque startups muitas vezes necessitam que as pessoas que lá trabalham desempenhem funções que não são nativas de sua formação acadêmica e que em muitas vezes nem existem em empresas tradicionais”.

3. Encontrar seu lugar ao sol é difícil

“Devido a cultura de startup ser ainda uma categoria jovem, muitas definições ainda são obscuras. No campo de negócios, às vezes é difícil classificar um novo modelo recém-saído do papel, pois ele não se encaixa no que já foi tradicional.

A Uber é um ótimo exemplo. Embora seu formato seja muito parecido com o do táxi tradicional, o aplicativo é uma versão tecnológica e com mais recursos e diferenciais, por isso a dificuldade de encaixá-lo em categorias já existentes. Se o seu negócio é muito revolucionário, ou diferente, apresentá-lo ao mundo pode ser um desafio e encontrar muitas barreiras”.

4. Escassez de apoio

“Aumentar a quantidade de eventos, hackathons e programas de aceleração é um muito necessário nesse cenário. Por mais que existam instituições como o SEBRAE ou cursos e assistências online voltados à startups, um ambiente mais amplo que oferecesse a convivência entre startups para adquirir novos conhecimentos e poder expor sua ideia é necessário”, finaliza.

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