Deloitte releva impacto que machine learning causará no consumo

Um estudo global da Deloitte prevê que mais de 300 milhões de smartphones – ou o equivalente a mais de 20% de todas as unidades vendidas mundialmente ao longo de 2017 – terão a capacidade de empreender o chamado machine learning, ou aprendizado de máquina. 

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A partir dessa tecnologia, um dispositivo “aprende”, registra e implementa facilidades de navegação e utilização a partir da análise dos hábitos de seus usuários.

A 16ª edição do estudo global Previsões em Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (TMT Predictions 2017) mostra como os dispositivos móveis serão capazes de executar tarefas a partir do machine learning, mesmo sem conectividade, o que altera significativamente o modo como as pessoas interagem com a tecnologia em todos os níveis.

Além disso, ao longo do tempo, o machine learning de acordo com o uso não será limitada apenas aos smartphones. Esse tipo de recurso poderá ser encontrado em milhões de dispositivos, como drones, tablets, carros, aparelhos de realidade virtual ou aumentada, instrumentos médicos, dispositivos de internet das coisas (IoT – Internet of Things, em inglês) e novas tecnologias ainda inéditas.

A revolução do machine learning

“O machine learning é fascinante porque revolucionará o modo como nós realizamos tarefas simples, como a tradução de textos. Também surpreende porque implica em resultados relacionados a segurança e saúde, que podem melhorar a condição de vida das pessoas em todo o mundo,” afirma Paul Sallomi, líder global de TMT da Deloitte. “Por exemplo, a aprendizagem e a interpretação de dados em dispositivos móveis é um ponto determinante para melhorar respostas voltadas a evitar ou a reduzir os impactos de desastres, ajudar a salvar vidas em veículos autônomos e até combater a crescente onda de ataques cibernéticos.”

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Outra importante inovação que tem o poder de transformar parte do mundo como conhecemos é a frenagem autônoma de veículos. A Deloitte prevê que em 2022, somente nos Estados Unidos, as mortes causadas por acidentes com veículos terão uma redução de 6.000 casos, um declínio de 16% em relação aos números estimados para 2017.

O fator com maior influência sobre essa redução será provavelmente a popularização das tecnologias de frenagem automática de emergência (AEB – automatic emergency bracking, em inglês). De acordo com o estudo, a Deloitte espera que a AEB seja tão amplamente adotada, acessível e bem-sucedida em ajudar a salvar vidas que pode até mesmo estimular a desaceleração do movimento que busca produzir veículos 100% autônomos.

TI-como-serviço deve absorver 35% dos gastos com tecnologia

Atualmente, a questão em foco não é apenas o desenvolvimento de novas tecnologias, mas especialmente como essas tecnologias são adquiridas. Esta tendência está transformando a maneira como vivemos e trabalhamos. Até o final de 2018, segundo o estudo Previsões em TMT, os gastos com TI-como-serviço para data centers e software atingirão quase US$ 550 bilhões em todo o mundo, ante US$ 361 bilhões em 2016.

Apesar de a previsão ser de que os modelos de negócios flexíveis baseados no consumo não se tornem onipresentes até 2018 – já que os gastos específicos devem somar pouco mais de um terço (35%) de todos os desembolsos com TI –, acredita-se que os dispêndios com TI-como-serviço excedam meio trilhão de dólares e cresçam rapidamente. Esta mudança começará a transformar a maneira como o segmento de atuação em TI negocia, vende e compra tecnologias em todas as empresas do mundo.

“Em 2017, o segmento de tecnologia, mídia e telecomunicações está preparado para se tornar ainda mais móvel. Combinadas com capacidades mais inteligentes e rápidas, as inovações forçarão empresas, governos e consumidores a evoluir no sentido de como operam e criam oportunidades para promover uma ampla transformação em todas as indústrias”, explica Paul Sallomi.

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