Em tempos de alta para os usados, Instacarro promete vender seu carro em até uma hora

InstaCarro funciona ao fazer leilões de seminovos dos donos direto para concessionárias interessadas.

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Com a alta de preços no mercado automotivo, os carros usados são cada vez mais procurados. O grande problema está na hora de negociar o seminovo com alguma concessionária. É de olho nesta demanda que uma nova empresa busca espaço. A InstaCarro promete acabar com a demora pelo qual este processo é conhecido e ainda une pessoas e concessionárias com interesses em comum.

O modelo de negócios é o segredo: a pessoa que quer vender seu carro entra no site da empresa e informa qual a marca, o modelo, o ano e a versão de seu veículo. Logo em seguida, recebe uma cotação preliminar que mensura o valor do carro em questão no caso de revenda.

Ao realizar esta etapa, Cláudio Luiz Dal Prá, por exemplo, percebeu que poderia receber uma melhor quantia pelo seu Ford Fiesta 2006 do que tinham lhe oferecido até o momento nas concessionárias que consultou. “Conheci o InstaCarro pelo Facebook, porque um amigo meu tinha curtido a página da empresa. Depois que entrei no site e recebi a cotação, já agendei uma visita à loja para a manhã do dia seguinte”, conta Dal Prá.

A visita agendada é a segunda parte do processo de venda na InstaCarro. “Nessa etapa, fotografamos o carro e respondemos um relatório detalhado sobre ele, apontando todos os seus pontos positivos e negativos. O objetivo nisso tudo é ser justo sobre o produto e dar transparência ao mercado”, explica Diego Fischer, CEO da InstaCarro.

A inspeção – na qual mais de 150 quesitos são avaliados – demora cerca de 30 minutos, segundo Fischer. Enquanto isso, o proprietário do veículo aguarda em uma sala de espera. “As informações coletadas são sincronizadas, em tempo real, para a nossa plataforma de leilão online, que tem mais de mil lojistas conectados”, diz o CEO.

Dal Prá não assistiu à realização do leilão de seu carro, mas afirma que, em pouco mais de uma hora, recebeu uma oferta da InstaCarro por ele. De acordo com Fischer, o evento tem apenas trinta minutos de duração. “Ao fim do leilão, vamos até proprietário do carro, avisamos quantas ofertas ele recebeu e o valor que podemos pagar no momento”, afirma.

O diferencial neste processo está no fato de que o concessionário não vai pagar pelo veículo diretamente ao seu proprietário. A InstaCarro é quem paga ao vendedor de imediato. “Cheguei na InstaCarro às 9 horas da manhã. Ao meio dia, já estava com o dinheiro na mão”, conta Dal Prá.

O único trabalho que o existe após a venda é de ir ao cartório assinar o DUT (Documento Único de Transferência) do carro. No entanto, Fischer explica que todas as unidades da InstaCarro estão localizadas próximas a cartórios.

Público

Fischer afirma que a InstaCarro não é direcionada para aqueles que querem vender seu carro para pessoas físicas. “Atendemos aquelas pessoas que, de outra forma, teriam vendido seu carro em uma loja concessionária”, diz. Isso também influencia a cotação apresentada pelo site. De acordo com ele, ela é calculada de forma que o comprador tenha expectativas corretas sobre a venda.

Além disso, o CEO destaca a oportunidade apresentada pela InstaCarro de conexão entre concessionárias e vendedores com interesses em comum. “O dono de uma loja de carros consegue, com a gente, comprar os veículos que realmente são interessantes pra ele e que serão revendidos rapidamente. Por causa disso, ele também dá uma oferta muito mais interessante para o proprietário”, afirma.

Custo

O proprietário do carro não tem nenhum custo com sua venda, nem mesmo com a sua inspeção e avaliação. Segundo Fischer, quem arca com todos os custos da transação é o comprador, ou seja, o concessionário. A exceção está no caso do proprietário estar com IPVA, DPVAT ou licenciamento vencidos. Neste caso, ele próprio deve arcar com as despesas.

Por enquanto, a empresa só está aceitando carros licenciados em São Paulo e tem duas unidades na cidade.

Esta notícia escrita por Talita Mônaco e publicada originalmente no Auto Esporte.

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