Uber é processado por usar spyware “Hell” para rastrear motoristas do Lyft

Depois de tantas polêmicas envolvendo o Uber nos últimos meses, mais um processo judicial chegou às mãos do aplicativo.

Desta vez, o caso está relacionado a um concorrente direto, o Lyft. Michael Gonzales, autor original da ação coletiva, é ex-motorista do Lyft e afirma que a empresa de caronas mais famosa (e mal falada) do mundo usou um software ilegal conhecido como “Hell” (ou Inferno, em português) para espionagem.

Segundo a matéria do jornal americano The Information, o Uber usou clandestinamente esse spyware Hell para rastrear motoristas da concorrência durante o período de 2014 a 2016. O programa, contraparte do sistema de rastreamento do Uber “God’s View” (ou Visão de Deus), supostamente daria acesso a disponibilidade para corridas e preço dos motoristas do Lyft.

Além ser considerada concorrência desleal e quebra de contrato, a acusação apresentada no Tribunal Distrital da Califórnia violaria especificamente a Lei de Invasão de Privacidade da Califórnia e a Lei Federal do Grampo.

Apesar de alegar que a história contada por Michael Gonzales e outros motoristas é mentira, o Uber não confirmou nem negou a existência do tal software de grampo Hell. Mas pode ser que essa informação venha à tona em breve, já que o Uber tem 21 dias para responder ao processo que, se for o caso, permite aos autores pedirem informações sigilosas Não deve demorar muito até que a verdade sobre a polêmico do “Inferno” seja esclarecida.

Não são tempos fáceis para o Uber, já que a alguns meses a empresa está passando por crises de imagem envolvendo acusações de assédio sexual e vínculo com o muito criticado governo Trump.

[Via TechCrunch]

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