NUTRICIONISTA DIGITAL – Será que nós humanos ainda seremos úteis?

Nutricionista Digital traz à tona o debate entre Inteligência Artificial e humanização das coisas. Será que nós humanos ainda seremos úteis?

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Foto: divulgação Freeletics Nutrition

Fenômeno na Europa, o app Nutricionista Digital, desenvolvido pela Freeletics Nutrition usa inteligência artificial para programar dietas e receitas personalizadas. Sempre alinhado aos objetivos do usuário, o app também prepara lista de supermercado e ensina a comer fora de casa.

No Brasil, o app também permitirá conexão com plataformas de exercícios.

Seguir a risca a dieta imposta pelo nutricionista é uma tarefa que exige disciplina. Por isso, a proposta do Freeletics Nutrition, possibilita acompanhamento 24 horas, funcionando como uma espécie de nutricionista de bolso.

Para começar a usar o aplicativo, o usuário passa por uma consulta – totalmente digital. Uma longa série de perguntas e cruzamento de dados ajuda a definir o objetivo da dieta. Seja perder peso, ganhar massa muscular, ou manter um estilo de vida mais saudável.

Com o foco definido, o aplicativo constrói o cardápio diário para todas as refeições e lanches durante o dia. Cada um deles é acompanhado de receita e do modo de preparo, nos mínimos detalhes. São mais de 200 receitas, com a média de 20 minutos de preparo e sabores compatíveis ao gosto de cada usuário. A plataforma também oferece substituições caso o usuário não tenha determinado ingrediente em mãos.

A cada refeição realizada, o aplicativo pede uma foto para reconhecer os ingredientes e registrar o desenvolvimento real do planejamento. A cada feedback dado para o dispositivo de inteligência artificial, mais ele aprende sobre os gostos e hábitos dos usuários, para serem adaptados futuramente.

O Freeletics Nutrition também ajuda na alimentação fora de casa, sugerindo combinação de opções para manter-se na dieta. Presente em 160 países e somando mais de 18 milhões de usuários ativos, o novo app traz a tona o debate entre inteligência artificial e o resgate da humanização das coisas.

NÓS HUMANOS, ainda seremos úteis?

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Fonte: zendesk.com.br

Digitalização de serviços, Indústria 4.0, Big Data, Tecnologia disruptiva, Vitrine Express, chatbots,  e até robôs ginastas, são alguns dos impactos da Inteligência Artificial que caminha a passos largos – e vêm ameaçando empregos e ideologias.

Mas, será mesmo uma ameaça?

Para enriquecer o debate, reunimos aqui, algumas opiniões pertinentes para refletir sobre o fenômeno da Inteligência Artificial.

Não se trata aqui de ter uma visão pessimista da inteligência artificial. Ela será imprescindível para os grandes desafios que a espécie humana deve enfrentar, como o aquecimento global, as doenças crônicas, o risco de pandemias e a pobreza. (…) O problema não é a tecnologia, mas sim o uso que se pode fazer dela. É como uma faca. Ela pode ser usada para salvar vidas ou matar. O físico Stephen Hawking diz que essa tecnologia é “o maior feito da história da humanidade”. Mas faz um alerta: “O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana”, afirmou ele, em 2014. Resta torcer para que sua previsão esteja errada.  – Via Istoé Dinheiro 

Edson Prestes, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), alerta que “qualquer tecnologia tem o componente medo, logo não pode ser levada pela euforia. Por isso, é sempre interessante ter cuidado, olhar os dois lados. Sou fã da tecnologia, desde que levados em consideração os aspectos éticos e o lado negativo”.

Segundo o professor, é fundamental pensar nos aspectos e elementos negativos. “O robô pode ser uma companhia quando você não está em casa com seu filho. Mas ele deve substituir? Não!

Nenhuma máquina tem a riqueza que o ser humano pode prover”,

afirma.

“As evidências pré-históricas nos sugerem que o desenvolvimento humano está associado ao domínio da natureza pelos humanos por meio da tecnologia”, afirma o doutor em sociologia e professor da PUC Minas Juracy Costa Amaral.

A praticidade, a insegurança afetiva dos indivíduos, o individualismo que se desenvolve com a civilização moderna e a confiabilidade nos ‘robôs humanos’ são elementos determinantes dessa procura por máquinas para ‘substituir’ o objeto humano da relação.”

Júlia Ramalho Pinto, psicóloga, coach, administradora e sócia-diretora da Estação do Saber, diz que é importante deixar claro que a IA é um sistema que funciona baseado em algorítimos e que emulam a inteligência.

“Com sistemas inteligentes que escolhem o que nos mostrar, eles acabam nos ajudando a ver mais do mesmo.

(…) eles podem estar nos tornando mais intolerantes em nossas relações, nos mantendo numa bolha de identidade. Eu apenas relaciono, compro, escuto música, vejo filme e notícias do que for ao encontro do que quero. Ou seja, que esteja de acordo com os padrões do que compartilho.

(…) eles afetam nossas relações ao nos dizer quem e o que devemos ver.”

 


Ao mesmo tempo, segundo o site Futuro das Coisas, em 3 novas Categorias de Trabalho que o AI não Ameaça,  três funções humanas serão necessárias para complementar o trabalho das máquinas. Os chamados de Trainers (os que treinam), Explainers (os que explicam) e Sustainers (os que sustentam) serão responsáveis por garantir que a robotização seja não só eficaz e responsável, mas também empática, transparente e ética.

Talvez nós, humanos, ainda sejamos úteis pela fluida habilidade criativa e pela sensibilidade não-programada. Talvez, no futuro, haja a supervalorização do trabalho handmade, que entrará em extinção em um mundo completamente digital e complexo. Para sim e para o não, levará vantagem os não-preguiçosos e os não-acomodados.

  • O que você tem feito sobre isso? 

Inteligência Artificial pode parecer ser um bicho de 7 cabeças, mas fugir dela não será a melhor solução.

“Conhecimento é o antídoto do medo”

– Ralph Waldo Emerson, escritor, filósofo e poeta estadunidense.

 


Informações: Equipe Motim, Portal Uai Saúde e Futuro da Coisas.